Defesa e Proteção Animal da OAB-SP protocola ofício questionando falta de veterinário no CCZ

Defesa e Proteção Animal da OAB-SP protocola ofício questionando falta de veterinário no CCZ

A Comissão de Defesa e Proteção Animal da OAB-SP – Subseção Mirandópolis, preocupada com o regular andamento da lei municipal nº 2717/2014, programa de controle da natalidade de animais domésticos, encaminhou para o prefeito de Mirandópolis Carlos Weverton Ortega Sanches um ofício no dia 26 de junho relatando a falta de veterinário no Centro de Controle de Zoonoses do município.

“Sabemos que existe uma demanda de castração exorbitante e tendo em vista o término do contrato do veterinário, solicitamos providências do prefeito para informar a essa comissão a data prevista para contratação de novo profissional. Mandamos no dia 26 de junho e até o momento (15 de julho) não tivemos resposta”, explica Renata Dalla Martha Caetano, Presidente da Comissão de Defesa e Proteção animal da 39ª Subseção da AOB-SP.

Segundo Renata, a falta de veterinário traz uma preocupação muito grande na questão do controle da natalidade dos animais, já que o abandono está expressivo na cidade. Além disso, a presidente reforça que os animais de rua que são recolhidos no CCZ precisam de cuidados médicos, pois a maioria chega machucado ou doente. Segundo apurou o AGORA NA REGIÃO, o contrato com o veterinário terminou no dia 19 de junho.

“A ausência de médico veterinário prejudica o serviço prestado à população carente e põe todos em risco, pois as zoonoses (doenças) não tratadas podem se alastrar e passar para as pessoas, sem esquecer que agosto é o mês da campanha da vacinação contra a raiva. Acredito que um contrato emergencial seria a melhor solução nesse momento, pois o CCZ não pode ficar sem veterinário”, completa Renata Dalla.

Já Fabiana de Lima Pereira, presidente da Pelotão Animal, informa que a falta de veterinário impacta profundamente o trabalho da ONG. “Nós conseguíamos castrar cerca de 40 animais por mês no CZZ, perfazendo uma média de 160 filhotes que deixavam de nascer. Agora sem castração está preocupante porque daqui a pouco teremos um descontrole populacional”, comenta Fabiana.

O que diz o prefeito?
O AGORA NA REGIÃO entrou em contato por telefone com Carlos Weverton Ortega Sanches na tarde de segunda-feira, 15 de julho, para entender a real situação da falta de veterinário. “Está sendo providenciado, como sou interino existe uma dúvida se eu posso ou não posso nomear alguém do concurso”, disse Sanches.

Segundo o prefeito, foi solicitado para o departamento jurídico essa informação se pode ou não nomear o veterinário que passou no concurso. “Nós fizemos uma consulta, tanto para o Cartório Eleitoral como para o pessoal da Justiça, perguntando se podemos fazer a nomeação, sendo que tivemos orientação que poderíamos nomear aqueles que fossem em caráter de urgência. Com isso, pedimos para o Departamento de Saúde justificar essa necessidade, daí depois foi para o nosso jurídico e agora está com Finanças porque tem a questão da folha de pagamento. Quando o finanças (departamento) retornar com um OK nós vamos chamar o veterinário. Acreditamos que teremos essa resposta em uma semana”, revela o prefeito.


                       
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