Fernando Miron, sorriso no rosto em busca de ajudar o próximo

Fernando Miron, sorriso no rosto em busca de ajudar o próximo

A vida de Fernando Miron se mistura entre histórias de muito trabalho e momentos de alegria. Nasceu em Braúna em 1932, depois sua família foi morar em Lavínia e na sequência Valparaíso, chegando em Mirandópolis em 1951. Trabalhou no hospital como responsável pela farmácia e depois fornecendo marmitas para as penitenciarias. Nas horas vagas, ele brinca, foi mágico, leiloeiro e árbitro de basquete. Confira abaixo a entrevista completa com Fernando Miron, que fez questão que sua esposa, Josefa Rosado Borges, ficasse ao seu lado.

Como foi sua infância?
Nasci em Braúna em 1932, daí em 1940 mudamos para Lavínia. Meus pais eram lavradores que plantavam alho e cebola. Depois mudamos para Valparaíso, onde participei com minhas irmãs de um grupo de teatro amador chamado VATE (Valparaiso Amador Teatro Escola) encenando peças que chegaram a ser apresentadas em diversas cidades da região. Eu era o arteiro, não artista, gostava de me apresentar. Depois de alguns anos mudamos para Mirandópolis, em 1951.

Quais são as lembranças da chegada em Mirandópolis?
Comecei a trabalhar no Hospital das Clínicas em 1953, pois o hospital havia sido criado recentemente e fiquei como responsável pela Farmácia. É que não havia farmacêutico, daí meu serviço era controlar a entrada e a saída dos remédios. Lembro que logo depois conheci minha esposa e depois de namorar alguns anos nos casamos em 1957 (Josefa Rosado Borges). Tivemos três filhos (Silmara, Fernando e Fabio), sendo dois dentistas e uma que é Assistente Social e Professora.

Mais de 60 anos juntos?
Sempre foi a minha companheira, ela começou a trabalhar na lavanderia do Hospital. Para isso, montou uma casa e contratou cinco lavadeiras que lavavam manualmente, duas passadeiras e um carroceiro que buscava e levava de volta a roupa ao hospital. Depois começamos a fornecer marmitas para os presos das penitenciarias, inicialmente de Mirandópolis, depois também Andradina e Valparaíso. Uma época muito boa que recordo com bastante saudade.

O que fazia para se divertir?
Por muitos anos fui árbitro de basquete por toda região, não gostava muito de jogar, mas realmente de apitar. Lembro que tinha um time de basquete na cidade e comecei a me entrosar com os jogadores, daí comecei a apitar brincando e peguei gosto. Lembro que no dia que meu filho foi nascer foram me buscar na quadra porque estava apitando.

Recordo do senhor como leiloeiro, como surgiu?
Fiz esse trabalho social durante 30 anos, fui convidado pelo amigo Sargento Montanaro para cantar o Leilão de Gado da APAE. Lembro que o primeiro leilão foi na Fazenda do Geraldo Delai e fiz sobre a carreta de um trator, por falta de estrutura. Sempre gostei de ajudar de alguma maneira. Eu e a Josefa fizemos inúmeras campanhas para comprar material para o funcionamento do asilo, tipo roupa de cama para os internos e fraldas. Ajudamos a vender carnes para a aquisição de bancos e cadeiras da igreja, sempre procuramos ajudar o próximo de alguma maneira.

Sempre com esse sorriso no rosto?
Desde pequeno fui despojado e alegre, realmente é uma característica que levo para a minha vida. Gosto de fazer mágica para as crianças, pois são pessoas puras. Engraçado que muitos me param na rua e pedem para fazer uma brincadeira. Transmitir alegria não tem preço


                       
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