‘Sempre gostei de política e o bazar foi minha vida’, lembra Riyuiti Ijichi

‘Sempre gostei de política e o bazar foi minha vida’, lembra Riyuiti Ijichi

Advogado, presidente do CAM, vereador e comerciante. Esse é o resumo da história de Riyuti Ijichi, que nasceu em 1948 em Pereira Barreto, e com dois anos veio com a família para Mirandópolis. Na cidade marcou seu nome com serviços prestados na política, sendo três vezes presidente da Câmara Municipal, e no comércio com o bazar que herdou do seu pai. Confira abaixo a entrevista completa.

Como foi sua infância?
Nasci em Pereira Barreto, em 1948, mas com apenas dois anos de idade já vim para Mirandópolis porque meu pai trabalhava com tinturaria e muda de café. Depois ainda tocou bazar e farmácia. Posso dizer que minha vida foi dentro de um bazar, pois cresci com meu pai no comércio, depois passei a tomar conta e montei meu escritório de advocacia dentro do bazar.

O que lembra da adolescência?
Foi a melhor época da minha vida. Tinha boas amizades, algumas que conservo até hoje. Posso dizer que foi um tempo que Mirandópolis estava crescendo como município. Estudei no grupo velho, depois fui para o Edgar. Daí fiz admissão e passei a estudar no Cene. Nessa época de escola já era muito ligado ao grêmio estudantil, sempre tive a preferência da turma para comandar essas questões. E gostava demais de comandar politicamente o grêmio. O colegial fiz em Araraquara. Daí depois fiz faculdade de Direito em Araçatuba, na Toledo.

A política está no sangue?
Sempre gostei de política, como falei, na época de escola de certa forma já iniciei esse processo. Em 1982 me chamaram para candidatar a vereador. Lembro que tinha muito receio, só que fui o mais votado com mais de 660 votos. Acredito que o serviço no grêmio Estudantil, que antigamente era importante dentro das escolas, e o bom serviço prestado na diretoria do CAM, fortaleceu meu nome nas urnas. Foi uma das maiores alegrias da minha vida, pois não imaginava que o povo mirandopolense queria eu como representante na Câmara Municipal.

Como foi legislar?
Hoje não entraria na política porque existe um confronto muito forte onde a cidade fica em segundo plano. Está muito difícil, ninguém trabalha em prol do município. Fiquei 22 anos na política (cinco mandatos), fui presidente da Câmara três vezes, só não cheguei a me candidatar como prefeito.

Foi presidente do CAM?
Fui diretor por um tempo e depois assumi como presidente do Clube Atlético Mirandópolis, isso entre os anos 70 e 80. Foi uma época maravilhosa, onde o carnaval da nossa cidade parava a região. Além disso, tínhamos o desafio de fazer bailes, sempre aos sábados e domingos, que vivia cheio e com isso o CAM foi se organizando financeiramente e socialmente.

E o bazar?
Meu pai tocou por 55 anos, posso dizer que praticamente todo esse tempo vivi dentro do bazar ajudando de alguma forma. Depois que meu pai ficou doente eu assumi, fui muito feliz lá dentro. Mas precisamos ser realista. Tenho dois filhos, o Renato é advogado, o Rodrigo assumiu a indústria, como não iria ter sucessão resolvemos que a melhor situação era fechar, isso em 2018. O detalhe é que sempre gostei dessa convivência com o povo, tanto na política como no comércio.

Você foi empresário musical?
Eu e o João Geraldo (risos). Era o Facsimile, compramos do Josival. Foi uma época boa, o conjunto tocava muito na região, tínhamos ônibus e tudo mais.

Hoje qual é a sua ocupação?
Sou aposentado, mas continuo no PP (partido). Com pouca atuação, estou mais devagar. Acredito que é importante ter um posicionamento político, por isso ainda faço parte de alguma forma.

Poderia deixar uma mensagem?
Eu amo Mirandópolis. Se não fosse a briga política seria muito melhor, mas posso dizer que vivenciei grande parte da evolução da cidade, tanto na questão de infraestrutura com o crescimento do comércio, da usina, da penitenciária e muitas outras coisas. Tenho muita gratidão pelo povo mirandopolense. Eles me prestigiaram no comércio e política, só tenho que agradecer.


                       
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