‘Mirandópolis e família Carrara tem uma ligação muito forte’, ressalta Claudio Carrara

‘Mirandópolis e família Carrara tem uma ligação muito forte’, ressalta Claudio Carrara

Conversamos com Claudio Luiz Carrara para relembrar suas andanças por Mirandópolis e Aracaju. Aqui sua família empreendeu em 1964 com a Toca da Onça, depois ainda teve Churrascaria Gaúcha, Hotel Tropical e Chopperia Carrara. Morando definitivamente em Aracaju desde 1996, Claudinho investiu recentemente no Carrara Food Park, um local que oferece 16 espaços de alimentação e entretenimento, entre eles comida alemã, árabe, mexicana, oriental e outras opções. Confira abaixo a entrevista completa.

Nasceu aonde e teve quantos filhos?
Nasci em São Paulo, em 1957, no bairro da Mooca, sendo que aos sete anos fomos para Mirandópolis por problemas de saúde de meu irmão Mauricio, o Miau. Tive quatro filhas: Aline, Fernanda, Patricia e Giovana, sendo que a Giovana ficou conosco por poucas horas e foi cuidar de nós junto ao nosso senhor. Além disso, tenho três netos: Saulo, Pietro e Giovana.

Quais as lembranças mais antigas de Mirandópolis?
São muitas e tenho saudade de tudo que vivemos por aí. Quando meus pais vieram de São Paulo fomos morar no fundo da Moveis Cristal, que era do meu tio José Crevelaro. A situação financeira era difícil, mas meu pai conseguiu montar um bar (1964), que era a Toca da Onça, vizinho da joalheria Kawasaki e Farmácia Tiete. Uma lembrança que tenho é do meu pai baixando as portas depois do horário comercial. Ele deixava uma fresta e ficava descansando esperando alguns amigos que faziam faculdade em Araçatuba. Esperava porque os meninos chegavam no fim da noite e com isso servia um lanche. Isso foi criando um importante relacionamento na cidade. Daí por volta de 1966 fomos para onde era a Kibon, na frente da praça, do lado tinha o Cine Bar e Restaurante, daí em cima o Cine Hotel, do Seu Nozela. Meu pai comprou o Cine Bar e Restaurante, em sociedade com o Djalma de Souza Pereira (Djalminha). Foi a primeira choperia na cidade, tínhamos uma cozinha pequena onde os caixeiros viajantes passavam e conseguiam fazer uma boa refeição. Em seguida meu pai comprou a Kibon, onde meu tio Horácio ficou trabalhando um tempo. Convivemos com muita gente legal, em um local centralizado, foi excelente.  Depois, acho que em 1970, meu pai comprou a Churrascaria Gaúcha (onde é hoje o Periquitus).

Quando você foi para Aracaju?
Em 1974 fui fazer curso técnico de química, em São Paulo, fiquei até 1977. De lá fui convidado para trabalhar em Camaçari, no polo petroquímico, onde fiquei até 1981, daí foi onde fui para Aracaju porque já tinha visitado a cidade e gostado muito. Com isso fui me aventurar com comércio. Fiquei até 1985, me casei e voltei para Mirandópolis.

Montou a loja de esporte?
Na época primeiro foi o Hotel Tropical, daí na sequência comprei o Zero Grau e depois montamos a loja de material esportivo. Depois juntamente com meus pais e irmãos voltamos pro centro da cidade com a Chopperia Carrara.

Quando voltou para Aracaju?
Em 1996, precisava buscar novos ares e voltei junto com meu irmão Mauricio. Na época montamos um restaurante no centro. Depois fui convidado para trabalhar em uma empresa de refeição coletiva. Comecei como gerente de unidade e cheguei a ser diretor corporativo. Era uma das maiores empresa do país, foi uma excelente experiência. Depois decidi empreender com meu irmão Mauricio em um empório, montamos o local e até investimos em um terreno do lado porque já pensávamos em crescer. Nesse meio tempo infelizmente meu irmão veio a falecer, coisas da vida. O detalhe é que como o terreno estava vazio, o meu sobrinho Vinicius Carrara pediu o local para colocar um container para vender espeto e servir chopp. Quando ele teve essa ideia lembrei do início do Arapongas, onde o Zé montou apenas um trailer em um terreno vazio.  O detalhe é que o local era bem frequentado e elogiado, mas muita gente pedia para ampliarmos para outras opções de comida. Daí surgiu a ideia de montar um food park. Edifiquei o espaço e hoje temos 16 operações dentro do local, temos comida alemã, árabe, mexicana, oriental, espeto, pastel e muitas outras opções dentro do Carrara Food Park.

Como define sua relação com Mirandópolis?
Hoje as redes sociais ajudam muito em manter o contato com o povo mirandopolense. Sem falar que moramos em Aracaju, uma cidade linda que recebe alguns turistas daí. As vezes nem não são pessoas que temos tanta proximidade, mas sabe que tem um mirandopolense e fazem questão de passar para dar um abraço, isso para a gente é muito importante. Uma coisa que sempre ressalto é que o povo mirandopolense se mistura muito fácil. Aproveito para agradecer os mirandopolenses que sempre depositaram confiança no comércio que tivemos, sou um apaixonado por Mirandópolis.


                       
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