“As raízes da família Marconato estão por Mirandópolis”, ressalta Ricardo Marconato

“As raízes da família Marconato estão por Mirandópolis”, ressalta Ricardo Marconato

Conversamos com Ricardo José Marconato, um mirandopolense que nasceu em 1967 e que hoje é diretor técnico III da Penitenciária Nestor Canoa de Mirandópolis. Casado com Lucia Julio e com quatro filhos, Marconato é graduado em Pedagogia e tem em seus professores da infância e juventude um grande exemplo. Confira abaixo a entrevista completa.

Quais as lembranças mais antigas de Mirandópolis?

Tenho grandes recordações da escola Dr. Edgar Raimundo da Costa, onde estudei durante bons anos e fiz grandes amizades. Além disso, não tem como esquecer dos carnavais no Clube Atlético Mirandópolis (CAM), uma época que tenho muitas saudades. Sem falar dos parques de diversões na antiga FIPAM, onde fica a Prefeitura e Rodoviária, me diverti bastante alí.

Qual sua formação académica e lembranças dos professores?

Sou formado em pedagogia, com especialização em Educação de Adultos pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Depois fiz pós-graduação em Filosofia e Direitos Humanos. Aqui de Mirandópolis lembro de muitos professores com carinho e exemplo como educador, tais como Sr. Walter Sperandio; Dona Mercedes, Nelsia Fava e Mary Aurea.

Como enxerga a ligação da Família Marconato com Mirandópolis?

As raízes da família Marconato estão na cidade de Mirandópolis como um todo. A minha família ajudou a desenvolver a cidade quando fora instalada a fábrica de carrocerias Marconato, fornecia seus produtos para todo o Brasil. Por conta disso e tudo que vivemos por aqui amamos a cidade.

Quando decidiu fazer concurso público?

Tomei essa decisão quando houve a inauguração da Penitenciária I de Mirandópolis. Em 1992 tive a felicidade de ser aprovado no primeiro concurso público do qual participei. Ingressei no sistema prisional neste mesmo ano como agente de segurança penitenciária. No ano de 1998 passei a desempenhar a função de diretor de trabalho e educação na Penitenciária de Riolândia. Com os trabalhos desenvolvidos, em 2002, assumi a diretoria geral do centro de detenção provisória de Campinas. Daí em meados do ano de 2003 assumi a diretoria geral da Penitenciaria I de Hortolândia. No ano de 2005 fui designado como interventor na antiga unidade da Febem, no complexo de Franco da Rocha, sendo que em 2005 assumi a direção da Penitenciaria II de Lavínia, onde permaneci até o ano de 2013, quando então fui convidado para ser diretor técnico III da Penitenciária Nestor Canoa de Mirandópolis.

Quais os principais desafios?

O sistema prisional cresceu de forma surpreendente nos últimos anos. E sem dúvida a grande dificuldade é a falta de servidores. Há ainda as falsas notícias que são disseminadas com facilidade através das mídias sociais por pessoas de má-fé.  

Como é estar em ação quando muitos estão em casa?

Gosto do que faço, mas a profissão é muito sacrificante. A função não tem o reconhecimento que merece pela sociedade, que muitas vezes julga os funcionários públicos comparando-os aos marajás, antigos servidores que se aproveitavam dos cargos públicos apenas para obter vantagens e recompensas financeiras indevidas.

Qual mensagem deixa para os mirandopolenses?

Nesse momento precisamos de calma e sabedoria para enfrentar as dificuldades. O pânico pode ser tão prejudicial quanto o verdadeiro problema. Não adianta matar a vaca para acabar com o carrapato, precisamos tomar as precauções necessárias, porém temos que ter consciência que o dia de amanhã pode ser diferente.

Aproveito para deixar uma mensagem de positividade, pois vivemos 16 anos sob o julgo da esquerda neste País, que sempre pregou a divisão entre os brasileiros. Agora passamos por momentos difíceis e temos que ter consciência que estamos no mesmo barco. Devemos confiar nos nossos comandantes para superarmos a tempestade.


                       
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