Prefeitura suspende decreto de reabertura do comércio, mas Sodario promete ir à justiça

Prefeitura suspende decreto de reabertura do comércio, mas Sodario promete ir à justiça

A prefeitura de Mirandópolis publicou na noite desta terça-feira (7) uma nota oficial, em rede social, na qual diz que irá seguir o decreto do governador João Doria (PSDB) de prorrogar a quarentena do coronavírus em todo o estado até 22 de abril. Mas o prefeito Everton Sodario (PSL) afirmou que irá acionar a Justiça para “garantir o direito maior da população em trabalhar”. Ainda conforme o prefeito, a suspensão do decreto municipal será publicada amanhã.

Na nota, a prefeitura destaca que está empenhando em procurar os meios em lei para assegurar a defesa dos direitos individuais de todos os munícipes, desde à plena saúde ou ao direito de obter o próprio sustento.

Em conversa por telefone com a reportagem, o prefeito disse que ninguém está minimizando a pandemia de coronavírus e que o intuito apenas é garantir o emprego dos mirandopolenses. Para o prefeito, o governador extrapolou seus limites.

“Se o governador quer fechar o estado, que ele faça. Mas as perdas que vamos ter com uma canetada do João Doria serão maiores. Não temos casos positivos de coronavírus em nossa cidade. Ninguém está dizendo que é uma gripezinha. Mas nossa administração é uma das poucas na região que mais está trabalhando contra essa pandemia”, falou Sodario.

Até o momento, a cidade registra 14 casos suspeitos de covid-19.

Na segunda-feira (6), o governador de São Paulo anunciou a renovação da quarentena no estado por mais 15 dias. O governador afirmou na coletiva de imprensa que guardas-civis e a Polícia Militar serão usados para dissipar aglomerações, caso necessário. “Prefeitas e prefeitos que estão nos assistindo aqui, vocês terão o dever e a obrigação de seguirem nas suas cidades a orientação do governo do estado de SP”, disse Doria.

Uma hora antes da coletiva de Doria, o prefeito Sodario havia anunciado um decreto municipal que autorizava a reabertura do comércio local, do terminal rodoviário e de outros estabelecimentos, desde que seguindo as normas sanitárias do Ministério da Saúde.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.


                       
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