Em meio à pandemia de coronavírus, Mirandópolis chega a 900 casos de dengue

Em meio à pandemia de coronavírus, Mirandópolis chega a 900 casos de dengue

Em meio à pandemia do covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o município de Mirandópolis chega a 900 casos positivos de dengue somente neste ano. Trata-se de média de 225 casos por mês, o que representa sete casos por dia. Os números são referentes até a data de quinta-feira (23). Nenhuma morte foi registrada.

Somente ano passado foram 2.650 casos. O setor da saúde acredita que os dados deste ano deverão alcançar o de 2019. O estado de epidemia foi decretado quando o município atingiu 300 casos. Nessa fase, é suspensa a coleta de sorologia e todo caso sintomático é automaticamente considerado positivo pelo critério clínico epidemiológico.

Conforme o departamento de Saúde, as fiscalizações por parte da prefeitura ocorrem, mas não são feitas multas aos proprietários de terrenos abandonados, por exemplo, por falta de regulamentações ao Código de Postura do município. Mas as notificações já chegaram a 906.

A diretora da pasta, Kathia Zogbi, diz que os trabalhos dos agentes de saúde seguem em ritmo intenso, mas é fundamental a participação da sociedade no combate ao mosquito Aedes Aegypti.

“Só quando a pessoa vê que alguém da família passou por isso é que toma as providências”, lamenta a diretora.

A chefe da Saúde revela que a prefeitura fará um decreto determinando que os médicos do município notifiquem a vigilância epidemiológica sobre os casos de dengue que são atendidos em clínicas particulares.

Isso teve de ser feito, segundo ela, pois muitos pacientes eram atendidos, mas os casos não eram repassados ao setor responsável. Ou seja, os números de pessoas infectadas podem ser ainda maiores. Os trabalhos de nebulização de combate à dengue pelos bairros continuam, afirma Zogbi.

Além disso, conta ela, é feito o bloqueio no quarteirão onde se encontram pessoas diagnosticadas de dengue e os moradores são notificados. O serviço é realizado por agentes de vetores. Ainda assim, a gestora diz que há muita dificuldade em adentrar nas casas, pois há moradores que não permitem a entrada do agente de saúde, o que atrapalha todo o trabalho.

Se tratando de arrastão, somente um foi realizado neste ano. Isso se deve ao fato de as equipes de saúde estarem focadas na pandemia do novo coronavírus.

CRONOGRAMA

O jornal solicitou o cronograma do trabalho pelos bairros nos próximos dias. A diretora disse que o serviço de nebulização ocorre em um prazo de oito semanas. Esse cronograma, segundo ela, é feito conforme recomendação do Estado.

A meta para os próximos dias é aplicar o inseticida nos bairros Colina Verde, Morada do Sol, Sonho Meu, Aeroporto e Centro, próximo à saída de Lavínia, e Santa Rosa. Porém a vigilância epidemiológica informou que existe a demanda do caso positivo, que poderá ocorrer em lugar diferente do que foi estabelecido anteriormente.

Nesta semana a nebulização ocorre nos bairros Ypê e Esplanada. A parte central da cidade já foi realizada.


                       
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