‘Minhas raízes são todas de Mirandópolis, amo de paixão’, define Mano Franco

‘Minhas raízes são todas de Mirandópolis, amo de paixão’, define Mano Franco

Conversamos com Mano Franco, mirandopolense que nasceu em 1965 e tem seu nome marcado por conta do tradicional Escritório Brasil, da ligação com a Espora de Prata e das ações sociais nos leilões da Apae, Hospital do Amor e Amai. Confira abaixo a entrevista completa.

Nasceu e cresceu em Mirandópolis?
Sim, sou mirandopolense com muito orgulho. Nasci aqui em 1965, cresci em uma casa com dois irmãos, sendo um mais novo e um mais velho. Até os meus 20 anos, mais ou menos, morei na frente da antiga Volks, um local bem movimentado na época por conta da praça.

Quais as lembranças?
São muitas, mas o que vem na cabeça rapidamente é cinema, Fipam (feira), Bar da Kibon e FUT. Me recordo também do Silvio, o pipoqueiro, que ficava aqui na praça e foi por bons anos o nosso ponto de encontro. Bons tempos, fica uma saudade grande dessa época.

Seus pais eram rígidos?
Os dois eram bem rígidos na questão de comportamento, assim como horário para sair e chegar, não tinha conversa. Podemos dizer que não é igual hoje, são outros tempos. Lembro que namorava em Guaraçaí e tinha horário pra voltar, se não chegasse eles já cortavam as saídas.

Como foi com os estudos?
Estudei da primeira a oitava série no Edgar, daí o primeiro colegial fiz no Cene, foi quando decidi acabar o segundo grau em Araçatuba, isso em 1982. Terminei e na sequência, entre 84 e 88, fiz o curso de Direito, na Toledo, onde me formei como advogado.

A parte rural na sua vida?
Você me conhece um pouco e sabe que sou do campo, não tem jeito. De pequeno meus pais tinham um sítio e ajudei muito no retiro de leite. Hoje mantenho algumas coisas do lado rural mesmo morando na cidade.

Como surgiu a Espora de Prata?
Lembro que era bem novo e naquela época tinha festa do peão em Lavínia e aqui em Mirandópolis não tinha nada. Um certo dia falei com meu primo Eduardo sobre isso, que precisávamos fazer algo, foi quando juntamos alguns amigos da época e montamos a associação, por volta de 1986. A primeira festa foi onde é a penitenciária, depois a prefeitura cedeu o terreno na entrada da cidade e começamos a fazer a festa no recinto. Foi por muitos anos a principal festa da cidade.

A colaboração nos Leilões da Apae?
A minha ida foi espontânea, queria ajudar de alguma maneira e até hoje colaboro. Inicialmente o leilão era no trevo de Mirandópolis, mas devido a grande proporção que tomou, assim como os riscos com a vicinal, trouxemos para o recinto. Hoje ajudo na parte de arrecadação do gado, é uma forma de colaborar por conta do nosso conhecimento e confiança das pessoas que fazem doação. Mas tento ajudar as outras instituições no leilão do Hospital do Amor, o da igreja e o da Amai.

Quando falamos em Família?
Só alegria! Graças a Deus consegui junto com a minha esposa formar dois filhos, sendo um veterinário e outro dentista. A nossa maior felicidade é ver eles bem, trabalhando para conquistar seus objetivos. E agora já tenho uma neta, o que vier, como digo, é lucro (risos).

E quando falamos do Manoel Franco?
Puxa vida (emocionado), é duro falar dele sem se emocionar. Aperta a garganta quando começo a lembrar, não é fácil recordar, ainda mais aqui dentro do escritório. A gente não se acostuma com a perda, mas precisamos nos adaptar a essa ausência. Meu pai era um cara muito bruto, mas era sua essência e tinha um coração enorme. A passagem dele ficou marcada na história de Mirandópolis, isso ninguém consegue apagar.

Mirandópolis na sua vida?
Defino como uma grande paixão. Todas as minhas raízes estão aqui por ter nascido, crescido e criado meus filhos na cidade. Torço muito para que esse momento passe para e que a nossa querida Mirandópolis volte a ser o que era antes, com o nosso comércio movimentado, com as pessoas passando aqui na frente brincando. Espero que todos fiquem bem, na medida do possível.


                       
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