Carlos Weverton avalia trabalhos como vereador e prefeito interino, e fala sobre dinheiro bloqueado do programa Nosso Bairro

Carlos Weverton avalia trabalhos como vereador e prefeito interino, e fala sobre dinheiro bloqueado do programa Nosso Bairro

Iniciamos em julho uma série especial de entrevistas com os vereadores de Mirandópolis para fazer um balanço do trabalho realizado na câmara nesses quase quatro anos de mandato. O critério utilizado para escolha foi ordem alfabética, sendo assim o terceiro entrevistado foi Carlos Weverton Ortega Sanches, que tem 39 anos e é filiado ao partido Podemos.

Como avalia seu trabalho de vereança nesses quase quatro anos?
Meu trabalho é diversificado mapeando várias áreas do município. A maior vitória foi a quantidade de recurso, o deputado Ricardo Izar mandou R$ 1,9 milhão, fora isso tivemos outras emendas (entre mandato de vereador e prefeito suplente) que totalizam R$ 3,5 milhões, sendo que muitas ainda estão paradas, apesar de empenhadas. Se fosse definir o trabalho em um sentimento diria que é de dever cumprido.

Qual conquista acredita ter feito ao longo desses anos que contribuiu para o desenvolvimento da cidade?
Em termos de projeto destaco um da área de segurança que foi bacana porque facilitamos a entrada de pessoas que atuam nesse setor em eventos da cidade. Hoje esse projeto de lei permite que 5% das entradas de qualquer evento sejam destinadas gratuitamente para pessoas que atuam no setor de segurança. Além disso, destaco a Lei Lucas, que faz com que nas escolas os professores e funcionários tenham cursos de primeiros socorros.

Esse projeto ‘Lei Lucas’ está sendo colocado em prática?
Ficou de se fazer o treinamento nos professores e funcionários das escolas, mas não sei dizer se foi colocado em prática.

Fazendo uma “auto-crítica”: O que ficou faltando fazer?
Mudaria alguns posicionamentos que tive durante esses anos na Câmara, talvez teria hoje uma outra visão em relação alguns pontos polêmicos, por exemplo, a história da ex-prefeita Regina. Talvez até pela minha vivência no executivo, onde descobri que o prefeito não é onipresente, onisciente e onipotente, mudaria algo.

Isso implicaria em um voto diferente em relação a questão da praça central?
Votamos em cima de um fato, mas hoje entendo que a culpa não é da Dona Regina, pois sei que não é o prefeito que tem culpa de tudo. Tem detalhe que passa, por isso isento ela.

O que tem a dizer para as pessoas que estão com o dinheiro bloqueado pela Justiça após adquirirem terrenos do programa Nosso Bairro do qual você foi um dos responsáveis por trazê-lo e divulgar para a cidade?
Precisa ficar claro que não teve nenhum grupo de bandidos que pegou dinheiro e foi embora. O dinheiro que foi pago está com o proprietário, eu não tenho ganho financeiro, sou apoiador do programa. Acredito que o programa vai ser liberado, mas hoje dependemos da justiça e venho pedindo para o deputado Ricardo Izar e a associação intervir para acabar com o programa temporariamente para o dinheiro voltar para as pessoas, mas para isso acontecer a justiça precisa liberar o dinheiro.

Sobre a mudança do Paço Municipal e Terminal Rodoviário, por que sua gestão se embasou em apenas um laudo de uma única empresa privada para tomar a decisão das mudanças? Por que não procurou outras empresas?
Na prefeitura não é assim de contratar um, dois, três ou quatro. É por menor valor. É feita uma licitação ou cotação e o menor preço faz a avaliação. Essa empresa fez o laudo e condenou, quando chega isso na minha mão precisei passar para a Defesa Civil.

Então não poderia fazer outros laudos para ter uma segunda opinião?
Ninguém me sugeriu isso na época! Acontece que depois com o laudo em mãos mandamos para a Defesa Civil e eles decidem por interditar. Depois disso corremos para fazer o projeto porque não queríamos gastar com aluguel, o plano era ficar um período no ginásio para voltar logo para a prefeitura.

Se arrepende de ter levado a prefeitura para o ginásio de esportes? Não haveria locais melhores que dariam conforto de trabalho aos servidores e de atendimento aos munícipes?
Em termos de conforto e melhor local para o munícipe lá não é. Mas quando penso que pagaria de aluguel cerca de 8 mil reais por mês, mais de 90 mil por ano, o ginásio foi uma decisão acertada, claro que não por um período prolongado.

Como avalia o trabalho do prefeito Everton Sodario?
Avalio que o grande problema é não elencar as prioridades. Sou a favor da ciclovia, mas nesse momento não porque estamos no meio da pandemia e os recursos precisam ser direcionados para outro lado. Tinha que ter um projeto de recuperação de renda e de recuperação do comercio. Nos não temos uma pia na rua, no centro todo. Podemos lavar mais as ruas? Podemos testar mais a população? Poderia atender melhor a população carente com kit de higiene e cesta básica? Mas o que mais me desagrada no Everton Sodario é a quantidade de confusão que ele busca, e uma coisa que fica escancarada é a briga com o João Doria porque dependemos dele para trazer recursos.

Pensa em reeleição?
Acredito que não sou candidato a vereador. Mas fundamos o Podemos e a certeza disso só terei na convenção, estou na mão do meu grupo. O que for da permissão de Deus e vontade do povo vamos enfrentar.

ESPECIAL VEREADORES
– Confira aqui a entrevista do Afonso Carlos Zuin
– Confira aqui a entrevista do Almir Marini


                       
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