‘Foram cerca de 35 anos de mercearia, e já estamos 30 anos vendendo suco’, recorda Terezinha Maeda

‘Foram cerca de 35 anos de mercearia, e já estamos 30 anos vendendo suco’, recorda Terezinha Maeda

Conversamos com Terezinha Maeda, mirandopolense que nasceu no Km 42, em 1963. Com dois filhos e dois netos, Terezinha casou com Mario Maeda, em 1981, quando tocaram por cerca de dez anos a mercearia e um bar. No início dos anos 1990, iniciaram a venda de sucos, hoje um dos principais pontos de Mirandópolis. Confira abaixo a entrevista completa.

Nasceu aonde?
Nasci no Km 42, em 1963. Fui a sexta de oito filhos. Meus pais trabalhavam no sítio, ficamos nesse local até quando eu tinha uns seis anos, mais ou menos. Depois meu pai comprou um sítio na Ponte Seca, no Km 50.

Então cresceu no sítio?
Sim, sempre digo que tive uma infância maravilhosa, brincadeira com os irmãos no sítio, já que eram várias crianças, era só alegria. Sempre tinha aquela cobrança do meu pai para ajudar, mas também nos divertíamos muito brincando já que espaço não faltava.

E a escola?
Cursei na cidade mesmo, lembro que passava uma perua para pegar a gente, mas recordo que gostava de ir a pé, então as vezes nem esperava o transporte. Estudei no Hélio Faria e na Noêmia, bons tempos.

E seu primeiro emprego?
Foi na Santa Casa de Saúde, era recepcionista. Fiquei lá uns dois anos, depois fui trabalhar como vendedora no Bazar Americano.

Quando casou?
Em 1981, na época minha sogra e o Mário trabalhavam na mercearia, O Nomizu entregava as verduras aqui, então era bem tranquilo. Mas depois de alguns anos começamos a buscar em Araçatuba, daí era bem trabalhoso por conta do horário também.

Mas nessa época era mercearia e suco?
Não, era a mercearia e o bar. Era muito puxado porque trabalhava das 7 da manhã até por volta de 11 da noite. Porque o bar não tinha jeito, sempre estendia até mais tarde, esse período foi bem cansativo. Fora que o ambiente não combinava muito, ter a mercearia e do lado o bar, vendendo bebida alcoólica.

Por isso fechou o bar?
Isso, fechamos o bar e sugeri passar a vender suco, por volta de 1990. Na época a mercearia era um espaço bem grande e o suco, podemos dizer, era uma porta. A população aceitou bem, na época os bancos tinham muitos funcionários, o pessoal se reunia aqui, tinha um público interessante, desde o começo.

E a mercearia foi até quando?
Fechamos em 2006 porque era muito trabalhoso. Não é fácil buscar verdura no Ceasa de madrugada três vezes na semana, daí trabalhar o dia todo ainda, mas foram bons tempos, não temos do que reclamar. Mas a empresa foi aberta em 1969, então foram cerca de 35 anos de mercearia, onde recordo com muito carinho da minha sogra, a Terume Maeda. Ela ficou viúva cedo, foi uma guerreira. Lembro dela saindo para fazer entrega com uma cesta no braço, sempre ajudou bastante a gente.

E com isso focaram na Rotisseria?
Sim, em 2002 fizemos uma primeira reforma, depois em 2006, quando fechamos a mercearia, reformamos algumas outras coisas. Foi quando ampliamos os produtos e o espaço. Graças a Deus temos uma aceitação muito boa dos mirandopolenses, e até de pessoas da região, só temos agradecimento aos nossos clientes.

Andre, Terezinha e Ariane: Foto: Divulgação

                       
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