‘Nunca pensei em ser candidata’, ressalta a vereadora eleita Magali Cabeleireira

‘Nunca pensei em ser candidata’, ressalta a vereadora eleita Magali Cabeleireira

Iniciamos uma série especial de entrevistas com os vereadores eleitos de Mirandópolis para a gestão 2021 / 2024. O critério utilizado para escolha foi por quantidade de votos recebidos, sendo assim a quinta entrevista é com Magali Cabeleireira, que é filiada ao PSL.

Pode contar um pouco da sua história. É casada e tem filhos? Sempre morou em Mirandópolis? Onde estudou e trabalhou?
Vim de Limeira para Mirandópolis com cerca de dois anos, estudei no Ebe Aurora e na escola 14 de Agosto, depois ainda fiz três anos de contabilidade. Sou casada com o Sandro, proprietário do espeto, tenho duas filhas e comecei a trabalhar com cerca de 12 anos. Trabalhei muitos anos na casa da Inês Buzo, onde aprendi demais e devo muito a ela. Com 16 anos fui trabalhar com a Virinha no salão, foi lá que me apaixonei pela profissão. Faz 21 anos que abri meu empreendimento.

Como define as funções de uma vereadora?
São três pontos fundamentais na minha visão: legislar, fiscalizar e assessorar. Legislar é ajudar a sociedade, já fiscalizar, pelo que entendo, é verificar as atuações do executivo nas aplicações do dinheiro. O assessorar é ser a voz da população, o vereador é uma ponte para chegar até o prefeito.

Acompanha as sessões da câmara? Entende como funciona a dinâmica do legislativo?
Sim, desde do momento que fui chamada para ser pré-candidata pelo meu partido já comecei a participar das sessões na câmara. O intuito sempre foi estar presente para observar o funcionamento. Por ser leiga preciso buscar a informação, então vindo nas sessões seria uma forma de me aproximar.

Você tinha pretensões políticas em eleições passadas ou surgiu esse ano?
Nunca na minha cabeça pensei em ser candidata (risos). O partido estava precisando de mulheres, daí o pessoal foi na minha casa me convidar já que era filiada. Lembro que o meu marido ficou bravo, falando que não era para me envolver com política, foi uma confusão só. Inicialmente falei que não iria, mas daí convenceram primeiro o meu marido e daí decidi ajudar o partido. Mas quando aceitei pensei comigo, já que vou entrar vou honrar meu nome, daí comecei a trabalhar forte na campanha e deu certo. Hoje tenho medo, mas estou muito feliz.

Qual foi o principal tema da sua campanha? Teve alguma proposta ideológica?
Meu tema é o do meu partido, a mudança começou. O trabalho do prefeito é digno de continuidade, imaginava que não poderia parar porque estava sendo um trabalho bem feito.

Mas destaca algum ponto específico em um bairro ou problema mais grave que merece uma atenção especial?

Estou horrorizada com o Amandaba! Sabe por que? Prometi que vou buscar melhorias para eles. O cemitério sem muro, eu não sabia que estava naquelas condições. Cheguei a chorar, porque são entes queridos que estão lá. É muito desumano. Além disso, a população reclama muito da água e da parte da saúde, principalmente na questão dos remédios de alto custo.

O que você quer fazer de diferente nesses quatro anos como vereadora?
Pretendo a partir de janeiro, toda segunda-feira que é um dia que não trabalho no meu salão, atender a população carente para cortar cabelo e fazer alguns outros procedimentos. Quero que o prefeito me ajuda a montar uma sala para realizar esse atendimento, pois sei que R$ 20 Reais faz diferença para quem está com dificuldade financeira.

Nesse mandato atual não tem mulheres entre os vereadores, como enxerga a importância da representatividade feminina na política?
A mulher antigamente ficava com a barriga encostada no fogão, mas o mundo mudou e ganhamos espaço. Já que entrei nessa quero crescer, ajudar as pessoas e crescer politicamente. Acho fundamental a presença feminina, estou me engajando convidando mulheres para entrar para o partido e acompanhar o nosso trabalho.

Falando em ser atuante, você tem pretensão de ser presidente da câmara?
No momento não. Sou como uma sementinha que plantei, então entendo que vou crescer durante os próximos anos. Hoje digo que não passou essa pretensão, porque tenho muito o que aprender. Ainda não conversei com o prefeito, mas no momento não tenho essa vontade.

Qual mensagem deixa para os mirandopolenses?
Quero agradecer de coração o carinho que fui recebida nas casas. Estive na residência da população e por isso agora estou de portas abertas para trabalhar para uma cidade melhor.


                       
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