‘Tenho 51 anos de história dentro do comércio de Mirandópolis’, diz Celso Rozalem

‘Tenho 51 anos de história dentro do comércio de Mirandópolis’, diz Celso Rozalem

Conversamos com Celso Rozalem, comerciante que nasceu em 1962, em Mirandópolis. Com oito anos começou a trabalhar no bar do seu pai recolhendo cascos nas mesas. Trabalhando no mesmo local até hoje, com ajuda da esposa Doralice, com quem tem duas filhas, Celso faz parte da história do município. Confira abaixo a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Nasci em 1962, aqui mesmo em Mirandópolis. Éramos em seis irmãos, meu pai trabalhou de tudo um pouco. Cuidou de roça, foi carrinheiro, trabalhou em sacaria e depois foi dono de bar. Em relação ao estudo fiz apenas o primeiro grau, naquele tempo não deu para dar atenção para a escola, por isso que sempre incentivo e valorizo os estudos para as minhas filhas.

O que recorda da juventude?

O futebol era uma diversão da cidade, bons tempos que o estádio ficava cheio com os jogos. Lembro também dos bailes no clube, das danceterias que eram realizadas, era um ambiente muito saudável. Recordo com muita satisfação da Praça Central, um ponto de encontro dos mirandopolenses.

E o comércio na sua vida?

Começou em 1970 com meu pai, pois ele estava procurando algum empreendimento para tentar mudar de vida, já que sempre trabalhou em roça. Foi quando surgiu a possibilidade dele comprar esse bar. Na verdade, comprou o bar e acabou continuando trabalhando fazendo outras coisas, não ficou somente com a renda do comércio, quem tocou por muitos anos foram seus filhos.

Como foi o início?

No começo meus irmãos cuidavam mais do bar, pois eu tinha apenas oito anos. Mas lembro que ficava recolhendo os cascos, ajudava no que era possível, não tinha muita escolha (risos). Meu irmão que cuidou por muito tempo, mas digo que o bar é a minha história, já que praticamente vivi toda minha vida dentro desse estabelecimento.

Aqui sempre foi movimentado, graças a Deus, pois o pessoal dos sítios e das fazendas sempre marcaram presença no bar. Lembro do armazém, da Casa Estrela, que tinha aqui na esquina, isso trazia um movimento bem grande para o bar. Depois eles construíram o prédio do mercado, que foi para a outra esquina. O bar sempre foi um ponto de encontro, até hoje é assim, o pessoal vem fazer compra e depois vem para o bar aguardar todos terminarem para voltar para as fazendas e sítios.

Quando assumiu o comando?

Meu pai aposentou e passou o bar para o meu nome e da minha irmã, em 1993. Por muitos anos meu irmão que tomou conta, mas posso dizer que de lá para cá tenho trabalhado bastante, graças a Deus.

Como enfrentou a pandemia?

Foi complicado, bem difícil ter que fechar o comércio na quarentena. É uma situação que preocupava porque teve a questão da renda e também de ficar em casa, sem trabalhar. Naquele início da pandemia, entre março e julho, foram meses de incertezas, isso foi bem estressante, mas graças a Deus as coisas foram se acertando e hoje seguimos trabalhado com as restrições.

Quer deixar alguma mensagem?

Tenho que agradecer a população de Mirandópolis, de uma forma geral. Posso dizer que o mirandopolense ajudou e ajuda a gente, pois o comércio é a minha vida. São 51 anos de comércio, passamos por algumas gerações e ainda estamos firmes. Só quero dizer muito obrigado!


                       
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