‘Meus pais chegaram em Mirandópolis em 1938, formamos uma bela história no município’, lembra João Sadano

‘Meus pais chegaram em Mirandópolis em 1938, formamos uma bela história no município’, lembra João Sadano

Conversamos com João Sadano, mirandopolense que nasceu em 1940 e cresceu no armazém de Secos e Molhados dos seus pais, junto com quatro irmãos. Mudou no final dos anos 60 para estudar em Araçatuba e depois Piracicaba, onde se formou em Agronomia. Voltou para Mirandópolis nos anos 70 para trabalhar no antigo Banespa e cuidar do posto, já que seu irmão Seime faleceu. Casado com Zeze Sadano, com quem tem dois filhos, João sempre foi um apaixonado por Mirandópolis e pelo beisebol, esporte que fez parte da sua vida. Confira abaixo a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Nasci em 1940, em Mirandópolis, meus pais tinham um armazém de secos e molhados, que ficava localizado quase em frente onde está hoje o nosso posto de combustíveis. Tinha três portas e as ruas na frente eram todas de terra. Éramos em cinco filhos, sendo que estudei por aqui o que chamávamos de primeiro grau, O colegial fui fazer em Araçatuba, na escola Manoel Bento da Cruz. Depois fui para Piracicaba, em 1961, fiz um ano de cursinho e depois ingressei em Agronomia, na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP).

Voltou depois de formado?

Depois de cinco meses que formei fui convidado para trabalhar na Ultrafertil, do Grupo Ultra que estava construindo uma unidade em Araçatuba. Depois de um tempo comecei a trabalhar com venda de fertilizantes, sendo que na sequência fui trabalhar no Banespa, foi quando vim para Mirandópolis, por volta de 1974. Casei em 1979, conheci minha esposa (Zeze Sadano) no Escritório São Paulo, temos dois filhos (Cleber e Cassio) e cinco netos.

E o Posto Sadano?

Como meu irmão Seime faleceu, assumi o posto junto com outro irmão, o Luiz. Mas nessa época trabalhava tanto no posto como no banco, na função de carteira agrícola, onde fazia vistoria nas propriedades e autorização dos créditos. Depois que saí do banco passei a ficar 100% dedicado ao posto. Nessa época expandimos os negócios, montamos uma transportadora, tivemos granja, fábrica de ração e adubo. Além disso, montamos uma filial em Andradina. Aproveitando que estamos falando do posto, preciso lembrar que meu irmão Seime foi uma pessoa muito especial, apesar de ter falecido há muito tempo e jovem, sua passagem foi bem marcante por que ele foi uma pessoa a frente do seu tempo.

Quais as lembranças antigas de Mirandópolis?

A minha infância foi muito boa, muito ativa no esporte. Joguei futebol, beisebol e basquete. Em Mirandópolis, fui vice-campeão brasileiro de beisebol. Depois quando estava mais velho fui treinador, foram bons tempos do esporte local. Gostava também de dançar (risos).

Qual mensagem gostaria de deixar?

Tenho um carinho muito especial por Mirandópolis, meus pais chegaram em 1938 no município, praticamente na fundação. Eles eram imigrantes, chegaram inicialmente na região de Promissão para trabalhar na lavoura e depois vieram para cá. Mas posso dizer que meus pais gostavam tanto do Brasil que logo se tornaram brasileiros (risos), tanto nos costumes como no convívio. Lembro bem da minha família com os Junqueiras, Seu Rubens Jordani, entre outros. Aproveito para agradecer toda população de Mirandópolis que de certa forma fizeram parte da nossa família, seja no esporte ou no posto.


                       
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