Mulheres que inspiram: Regina Mustafa e Akiko Ohara contam trajetória de vida na ‘Semana Mundial do Rotaract’

Mulheres que inspiram: Regina Mustafa e Akiko Ohara contam trajetória de vida na ‘Semana Mundial do Rotaract’

Por Gabriela Marques, Camila de Carvalho e Rita Maruyama – Rotaract Club de Mirandópolis

Dia 13 de março é considerado o Dia Mundial do Rotaract, movimento de jovens acima de 18 anos, que visa o desenvolvimento da liderança pela realização de projetos humanitários. Em comemoração à SMR (Semana Mundial do Rotaract), o clube de Mirandópolis realiza o projeto ‘Mulheres que inspiram’, onde várias personalidades da nossa comunidade serão entrevistadas, a fim de conhecermos essas pessoas que influenciam o município, colhendo histórias transformadoras e, verdadeiramente, emocionantes.

Comemorando o mês da mulher, em março, os associados ao Rotaract Club de Mirandópolis entrevistaram duas mulheres que inspiram este projeto: Regina Mustafa e Akiko Ohara. Confira abaixo as histórias.

QUEM É REGINA?

Regina Mustafa

Regina Célia Mustafa Araujo, nasceu em 28 de agosto de 1950, em Mirandópolis, é mãe de quatro filhos (Gustavo, Marcelo Nivaldo e Eduardo) e foi professora durante muitos anos lecionando português e inglês. Também atuou na coordenação e direção, tanto em escolas estaduais como na faculdade de Mirandópolis.

Sempre envolvida com a comunidade mirandopolense, o que considera herança de seus pais (Neif Mustafa e Antiniska Mustafa), já que ambos foram muito ativos na parte político-social do nosso município. Uma rua e a via de acesso de nossa cidade recebe o nome de seu pai, assim como a sala de júri e o templo maçônico. Já sua mãe também foi homenageada ao dar seu nome a Escola – CEI Antiniska De Lucchi Mustafa (bairro Sonho Meu) e ao centro odontológico da UBS Dr. Pardo.

Em 2017, Regina Mustafa foi eleita prefeita de Mirandópolis, atuando por dois anos neste cargo. Após a descoberta de um linfoma precisou se afastar para cuidar de sua saúde, voltando assim, a ajudar instituições como Apae e Hospital de Amor de Barretos. Devido a pandemia que se alastrou com a Covid-19, por ser grupo de risco, está restrita a ficar em casa, mas o que for de seu alcance para ajudar as pessoas, ela fará.

Ela ainda cuida para que a história de seu município natal esteja viva no seu cotidiano através da Linha do Tempo Mirandópolis, um site que pode ser acessado pelo www.linhadotempomirandopolis.blogspot.com.

Nesse contexto, Regina nos deixa a mensagem de que “Tudo passa, o que é bom passa e o que é ruim também”. Portanto ela destaca a importância de cuidar para que nossa trajetória de vida passe, mas que deixemos a nossa marca.

QUEM É AKIKO?

Akiko Ohara

Akiko Ohara nasceu no Japão em 1935 e iniciou as aulas de balé aos 12 anos na companhia Nitsuko Ando, sendo que com 15 anos começou a auxiliar as aulas como assistente. Em 1961 chegou no Brasil com seu marido, que trabalhava como escultor para tentar novas oportunidades na área. Escolheram morar em Mirandópolis, mais precisamente na comunidade Yuba porque era um local que ela tinha certeza que seria muito bem acolhida. Akiko ressalta o sentimento de acolhimento e aventura que teve no novo país, algo que nunca vai esquecer.

Com os pés sobre a terra e embaixo de sol em frente ao refeitório da comunidade, começou a ensinar balé como brincadeira, pois não era seu objetivo no Brasil, mas a arte a escolheu, e os representantes da comunidade não mediram esforços para providenciar um teatro, em meio a um antigo cafezal, onde tais performance mereciam um verdadeiro palco. Assim, para sua inauguração uma apresentação de balé foi realizada.

Hoje com 85 anos, continua dando aulas de balé na comunidade Yuba, se orgulha de ter escolhido e ser escolhida pelo caminho da arte e diz ‘Se houver outra vida quero ser artista novamente’. Uma última explicação, como Akiko não fala a língua portuguesa, sua neta Lena Akane Yuba foi a tradutora na entrevista.

A homenagem por meio de entrevista é para mostrar exemplos de mulheres fortes. Vale ressaltar que existem muitas outras que fizeram histórias em Mirandópolis desde sua formação até hoje e que não caberia nesse espaço nomear a todas. Portanto, você, mulher, sinta-se homenageada.

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