‘Com muita batalha tracei minha história. São mais de 40 anos de comércio em Mirandópolis’, lembra Carlos Fagnani

‘Com muita batalha tracei minha história. São mais de 40 anos de comércio em Mirandópolis’, lembra Carlos Fagnani

Conversamos com Carlos Augusto Fagnani, da Fatrônic Eletrônica, que nasceu em 1959 em Mirandópolis e desde 1978 é comerciante no município. Filho de Agenor e Rita, que foram proprietários da Selaria São Jorge por muitos anos, Fagnani é casado com a Nilva, é pai de duas filhas (Carolina e Carla) e tem quatro netos. Confira abaixo a entrevista completa.

Como foi sua infância e juventude?

Nasci em 1959, aqui em Mirandópolis, cresci em uma casa com outros três irmãos (Cesar, Alcir e Cristhian). Meu pai começou como empregado, mas depois conseguiu comprar o estabelecimento e tocou por muitos anos a Selaria São Jorge. O engraçado é que na loja nem tinha mais a parte de selaria, mas o nome ficou tão marcado que mantiveram por muitos anos. Moramos inicialmente onde é a fisioterapia do Doreto e depois mudamos para a rua Nove de Julho.

Que local te marcou em Mirandópolis?

Onde é a rodoviária tinha a Fipam, quando puxo na memória mais antiga vem as brincadeiras por lá. Vivíamos soltando pipa, brincando correndo e até soltando bomba (risos). Era um tempo sadio, onde não tinha tanta maldade como tem hoje. Para você ter ideia, lembro de juntar com dois ou três amigos e ir ao trevo da cidade pedir carona, isso sem nossos pais ficarem sabendo, para ir em Araçatuba em loja de discos. Não comprávamos nada, mas ficávamos a tarde toda lá e no fim do dia pegava carona de volta. Para você ver como era outro tempo, as pessoas não tinham medo de dar carona, nem a gente de pegar a carona, infelizmente esse tempo não existe mais.

Onde estudou?

Estudei no Dr. Edgar e depois no Noêmia, na sequência fui fazer técnico de eletrônica na Stella Maris, em Andradina. Fiz três anos lá, depois o último ano fui fazer em São Paulo porque fui trabalhar e terminei o curso por lá mesmo. Mas fiquei só um ano, terminando em 1978 já voltei para Mirandópolis.

Sempre gostou de eletrônica?

Posso dizer que desde pequeno gostava de brincar com os aparelhos eletrônicos, de abrir as coisas e fuçar. Lembro que desde pequeno já me encantava mexer com isso, em casa era eu e o Cesar que ficávamos arrumando e também estragando algumas coisas (risos).

Fagnani é proprietário da Fatrônic Eletrônica (rua Nove de Julho, nº 850)

E quando montou a loja?

Tudo começou ali na rua Rafael Pereira, onde hoje está a Adega do Jean. Meu pai me ajudou a comprar uma eletrônica. Nós compramos a loja, que era do Hidelfonso, porque ele iria mudar e me vendeu as instalações. Comecei no final de 1978 e fiquei por 28 anos naquele ponto, pagando aluguel pro Seu Hiramatsu, uma pessoa super do bem que de certa forma também me ajudou. Saí de lá porque tinha comprado um terreno onde estou hoje (rua Nove de Julho, nº 850), era uma casa antiga, derrubei a parte da frente e transferimos a loja para cá. Nosso foco continua sendo conserto de televisão, até instalamos som de carro e fazemos outras coisas, mas o forte mesmo continua sendo televisão. Além disso, vendemos de tudo um pouco aqui, estamos sempre tentando atender os clientes da melhor forma possível.

Montou uma casa na kombi?

Sempre gostei de aventura, de moleque já ficava olhando aqueles barcos e veleiros, as aventuras de rodar o mundo e tudo mais. O que eu consegui fazer foi montar uma kombi home, era o que estava dentro do meu alcance (risos). Como já tinha a kombi, no fim do dia chegava em casa e trabalhava na montagem dela. Coloquei cama, armário, frigobar e televisão. Os aparelhos funcionam tudo com bateria de 12 volts, tem até um climatizador para dormir com ar condicionado. Até agora só viajei por perto, fui acampar algumas vezes com a Nilva, mas está nos planos uma viagem mais longa.

Você já foi pro Chile de carro?

Fiz uma viagem de carro para o Chile, em 2011. Planejei bem antes, tanto que saímos de Mirandópolis e parei em São Joaquim, Cambará e Chui. Daí entrei no Uruguai, passamos em Montevideo e Colônia de Sacramento, daí é quando atravessa o Rio da Prata para entrar na Argentina, em Buenos Aires. Na sequência passamos por Mendonza e entramos no Chile, em Los Andes, daí mais uns 100 quilômetros está em Santiago. O detalhe que fomos em um celta mil (risos), mas não tivemos nenhum imprevisto, graças a Deus. Foram 28 dias e mais de 8 mil quilômetros de viagem, um sonho realizado.  Agora eu quero ir com a kombi para Lençóis Maranhenses, mas a Nilva ainda está pensando se vale ir de kombi ou se vamos de carro.

Quer deixar uma mensagem final?

Aproveito para agradecer a todos os nossos clientes e amigos, assim como agradecer a Deus por sempre nos dar saúde para trabalhar em busca dos sonhos.


                       
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