‘Realizar eventos sociais sempre foi uma grande paixão’, explica Gerson Possenti

‘Realizar eventos sociais sempre foi uma grande paixão’, explica Gerson Possenti

Conversamos com Gerson Possenti Santos, conhecido por muitos pelo apelido de Dé, que nasceu em Mirandópolis em 1959. Gerson começou a trabalhar aos 13 anos de idade no Bar Jardim, mas foi pelo seu trabalho na prefeitura que ficou conhecido, assim como pelos eventos sociais que organiza há mais de 30 anos no município. Confira abaixo a entrevista completa.

Nasceu e cresceu aonde?

O meu pai veio de Sergipe e a minha mãe é de família Italiana, Possenti, os pais e avós dela vieram da Itália, mas foram todos criados aqui na região. O meu pai veio para cá com 18 anos e ficou por aqui, casou e nasceu a família. Eles tiveram cinco filhos homens e uma mulher, todos nasceram aqui em Mirandópolis. A gente morava na rua Regente Feijó, próximo a escola Ebe Aurora, ao Bar do Macaxeira e do antigo Bar da Botia. A minha primeira escola foi o Ebe Aurora, depois o Edgar e o Noêmia, onde eu fiz até o terceiro colegial. Naquela época a gente já fazia algumas bagunças, o meu pai tinha um terreno enorme e ali a gente fazia as brincadeiras, inventava circo, parque de diversões, fazia discoteca com flashback, era uma delícia! Isso foi o que mais marcou na vida da gente.

O que lembra da infância e juventude?

O que mais me marcou naquela época foram as brincadeiras dançantes que a gente fazia e a praça. Eu fui poucas vezes ao cinema, já fui quase quando estava fechando. Trabalhei no conhecido Bar Jardim, em frente a praça. Comecei a trabalhar ali, com 13 anos de idade e fiquei por cinco anos, era do Sr. Adão Luis Menegante. Mas sempre gostei muito de estudar, só não segui carreira porque a família do meu pai era muito humilde em termos financeiros, então não deu pra gente seguir estudando. Na época queria fazer Educação Física e eu já trabalhava no ginásio de esportes com o professor Fumagali, nós trabalhamos juntos por muitos anos e ele foi um dos melhores diretores que eu passei pela prefeitura.

Do trabalho no bar foi para a prefeitura?

Do bar passou um tempo e eu fui para a cooperativa Agrícola Mista, que tinha na travessia da linha. Ali trabalhei no escritório por cinco anos e dali recebi o convite do Sr. Valdemar de Lima, que na época era o Prefeito, para que fosse até a prefeitura. Eu não queria, mas ele ia lá toda a semana e dizia “eu preciso de você no Departamento de Esportes, eu vejo as coisas que você faz, as ruas de lazer e as festas que você faz, então eu preciso de um cara igual você para trabalhar na área de esportes”. Trabalhei no Departamento de Esportes, também estive na Secretaria de Relações do Trabalho por três anos emprestado pela prefeitura e dali voltei para o Ginásio de Esportes. Depois a Eunice Zuin Fazano acabou me trazendo para o Departamento de Educação, onde fiquei por muitos anos e só sai porque era cargo de confiança e veio uma lei do estado dizendo que tinha que mandar um monte de gente. No Departamento de Educação eu creio que fiquei cerca de 15 anos.

E os eventos surgiram quando?

O meu pai já nasceu dançando e sempre foi animado e eu sou igual a ele, não tinha espaço para tristeza e peguei esse lado dele. Então sempre fui animado para organizar festas e foi por ai que a gente ficou 25 anos na prefeitura. Fazia o trabalho na educação e nos dias de folga inventava coisas na parte da cultura, festas e animação de rua porque gostava, mas não era obrigação do departamento de educação. Fiz muitos eventos sociais também por minha conta, nunca visei lucro. Realizamos várias quermesses, por uns oito anos. Até gostaria de frisar sobre o meu amigo Ordalio Alves de Souza, que hoje mora em Andradina, que é irmão do Macaxeira, ele é um amigo que marcou porque foi ele que começou a nossa primeira festa da pipoca.

Quando iniciou na câmara?

Depois que eu sai da prefeitura fiquei um ano parado, tentei voltar mas não consegui, fiz vários concursos durante os 25 anos. Depois saiu o concurso da câmara e decidi escolher um cargo simples para que eu pudesse entrar. Fui estudando e graças a Deus hoje sou funcionário da câmara, já faz uns 7 anos.

Qual sua relação com Mirandópolis?

Adoro a cidade de Mirandópolis e tenho boas amizades, tudo o que a gente faz, se você precisa de um amigo ou do comércio, aonde você vai eles estão de portas abertas devido o que a gente já plantou aqui. Modéstia parte é uma grande credibilidade com esse pessoal, então graças a Deus eu amo Mirandópolis. Agradeço primeiro a Deus pela vida que é uma coisa tão gostosa, a gente passa por vários problemas e obstáculos e Deus nos faz ficar em pé. Aproveito para agradecer também aos meus amigos e irmãos que me acolheram, minha família também que é uma maravilha e se não fosse eles eu não estaria em pé.


                       
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