‘Sou um apaixonado pela história de Mirandópolis, isso fortaleceu minhas raízes com o município’, explica Lima

‘Sou um apaixonado pela história de Mirandópolis, isso fortaleceu minhas raízes com o município’, explica Lima

Conversamos com José Antonio de Lima, mirandopolense de 69 anos, que é conhecido popularmente como Lima da Farmácia. Casado com Éride Antonine, Lima que é um colecionador de selos, moedas, pedras preciosas cartões telefônicos e gibis antigos, tem 2 filhos e 4 netos. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Eu nasci na Rua Senador Rodolfo Miranda, onde hoje é a casa do Vandinho. Meu pai era pedreiro e a minha mãe dona de casa, sendo que somos em seis irmãos. Foi uma infância muito boa, mas comecei a ajudar meus pais quando tinha sete anos. Não posso dizer que era trabalhar, mas sim fazer uma coisa ou outra para os vizinhos. Com 11 anos comecei a trabalha na farmácia União, do senhor Antonio Navarro, como office boy, fiquei de 1964 até 1969. Depois entrei na farmácia do João Zuim, lá também fazia de tudo. Fiquei na farmácia até 1970, porque meus pais mudaram daqui para Guarujá.

Como foi essa mudança?

Primeiro foram meus irmãos, depois meu pai foi junto para trabalhar. Eu trabalhei em farmácias em Guarujá e Santos, onde fiquei até 1976, foi quando casei e retornei para Mirandópolis, foi quando Hayal Kojima me chamou para trabalhar com ele na farmácia. Fiquei na Farmácia Tietê até 1984, foi quando montei a minha farmácia. O problema foi quando eu construí um prédio onde hoje é a Fera Imóveis, aí eu tive que fazer um empréstimo no banco, daí desfalcou financeiramente.

Você também teve lanchonete?

Foi quando fechei a farmácia, daí montei uma lanchonete que se chamava “Hora do lanche”, no mesmo local onde era a farmácia. Fiquei algum tempo, até ser convidado para gerenciar uma farmácia. Lá trabalhei até quase aposentar. Sempre gostei do comércio, dessa relação, sempre gostei de trabalhar com o “povão”

E qual sua atuação na parte social?

Na parte social fiz bastante coisa. Já fui presidente da Associação Comercial, presidente da APAE, tesoureiro na AMAI e fui do clube Filatélico, o Clufini em Mirandópolis que, em 1980, teve o lançamento de um selo especial de natal aqui em Mirandópolis. Eu também fundei o clube do livro, onde a gente fazia troca de livros. Eu tinha uma biblioteca em casa, daí as pessoas pediam “tal livro” e fazia assinatura. Nessa época fizemos o primeiro concurso de poesia, lembro que o prefeito era o Lourenção.

Você gosta de colecionar?

Tenho coleção de selos, moedas, pedras preciosas e semipreciosas, cartões telefônicos, gibis antigos dos anos 50, que foi na época que eu nasci. Tenho várias coisas organizadas em casa, como jornais antigos, coisas de política e eleições da cidade.

Qual sua atuação hoje?

Faz nove anos que eu aposentei, então hoje to aqui com a minha filha ajudando na loja dela, o Empório Antonine. Eu amo Mirandópolis, tanto que algumas pessoas falam que eu sou um historiador, de tanto que gosto da história de Mirandópolis. Meu pai veio pra cá em 1938 para ser pedreiro do primeiro grupo escolar. E por ele ter essa trajetória no município, comecei a interessar pela história de Mirandópolis, buscar informações dos prefeitos e vereadores, da história de Mirandópolis. Meus filhos se criaram aqui e não vou sair daqui nunca.

Já teve convites para a política?

Na época do Ikejiri fui convidado para ser candidato a vereador, mas eu não quis porque o povo é um pouco ingrato. Às vezes você pensa que está bem cotado e não está. Então para entrar e perder, eu não sou desse de perder, sempre gosto de ganhar (risos).

Quer deixar uma mensagem?

Agradecer o povo de Mirandópolis, porque quando eu tive meu comércio, assim como a minha filha que tem agora uma loja, a população sempre foi muito receptiva. Gosto demais de Mirandópolis, tanto que não tive inimizade com ninguém. É uma população solidária que me faz ser feliz morando aqui. Meu muito obrigado a todos!


                       
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