‘A minha razão de viver está na família e em ajudar o próximo’, conta Paulo Sergio, da Borracharia Linha Pesada

‘A minha razão de viver está na família e em ajudar o próximo’, conta Paulo Sergio, da Borracharia Linha Pesada

Conversamos com Paulo Sergio Lopes, que nasceu no dia 10 de agosto de 1982. O mirandopolense começou a trabalhar cedo na roça, depois empreendeu comprando ônibus e na sequência abrindo uma borracharia. Casado com Deise, Paulo tem duas filhas, uma de 6 e outra de 16 anos. Confira abaixo a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Cresci com pai, mãe e quatro irmãos. Morávamos na Rua 5, no Jardim Nossa Senhora de Fátima. O meu pai trabalhou na usina e com construção civil. Depois quando eu tinha uns seis anos mudamos para a rua Antônio Veroneze. O segundo morador do bairro foi meu pai, tudo diferente do que é hoje. Quando eu tinha uns 15 anos, meu pai teve problema de diabetes, já não podia mais trabalhar para sustentar a família. Foi quando firmei trabalhando na roça de algodão e cebola, assim como cortei três safras de cana. Infelizmente perdi meu pai, em 2007, a minha mãe ainda é viva.

Quando saiu da roça?

Em 2008 passei a ter uma outra visão de negócio, tirei habilitação e passei a dirigir para conseguir sair da roça. Meu compadre, o Ismael Ferraz, tinha ônibus, foi quando juntei um dinheiro e comprei um ônibus com ele de sócio. Cheguei a ter quatro ônibus na cidade. Depois trabalhei para o Zezinho, de motorista. Em 2012 foi quando comecei a ter meus próprios ônibus, daí em 2013 comprei três ônibus e comecei a agregar.

E a borracharia?

Fiquei nos ônibus até 2013, foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar com a parte de borracharia. Mas nessa época eu não tinha nenhum conhecimento prático, é que um primo meu trabalhava em uma borracharia, o João José, daí ele viu uma oportunidade de montar uma borracharia e me chamou. Montamos inicialmente na rua Joaquim Alves Filho, na descida da saída para a usina. Trabalhamos uns sete meses juntos, ele que me passava todas as orientações. Nunca fiz curso, foi na raça mesmo. Aí o Carlos José precisava de um borracheiro, como eu e meu primo já estávamos pensando em separar a sociedade porque ele estava entrando na usina, comecei a trabalhar com o Carlos José, em 2013. Lá tinha bastante trator, maquina pesada. Trabalhei até 2016, graças a Deus deu tudo certo, ele é um patrão excelente, foi ali que eu peguei uma boa experiência nessa área.

Quando abriu sua oficina?

Abri a minha oficina na rua Minas Gerais, nº 617, em 2018. Graças a Deus estou aqui há quatro anos, só na linha pesada. Aí minha visão não foi mais trabalhar na parte de alinhamento e balanceamento. Parti mais para a linha pesada que é trabalhar com trator, caminhão, venda de pneu, entre outros maquinários pesados. Graças a Deus a renda está legal, tenho trabalhado bastante, sempre com Deus na frente abençoando a gente.

Chegou a montar em rodeio?

Montei seis anos em boi. Adrenalina é algo que eu gosto. Montei em Mirandópolis, Valparaíso, Bento de Abreu, Araçatuba, Jacutinga, Guararapes, essas cidades todas já. Ganhei uma moto, em 2001, tenho boas recordações dessa época.

E a parte social na sua vida?

Comecei a ajudar quando trabalhava com ônibus, pois sobravam cestas básicas, e até eu comprava do pessoal que não iria usar, e comecei a entregar para famílias carentes do bairro. Em 2020, foi quando consegui me organizar melhor para doar brinquedos para as crianças no fim de ano e dia das crianças. Fiz uma parceria com Grampola, temos um grupo com 97 pessoas desde 2018, e ali tenho um alicerce para conseguir ajudar mais gente. Recentemente fizemos uma campanha para o Hospital do Amor, conseguimos arrecadar 250 quilos de alimento. Agora nos últimos leilões de gado, do Ser Criança e da igreja, nós doamos uma bezerra. Na semana passada conseguimos fazer uma festa junina aqui no bairro. Foi uma benção, teve touro mecânico, pula-pula, pipoca, quentão, tudo para a comunidade ter um dia feliz e agradável.

Quer deixar uma mensagem?

Quero agradecer meus parceiros da Borracharia Linha Pesada, em especial o Grampola que está sempre ajudando independentemente da política. Agradeço todo dia ao levantar e colocar o pé firme no chão, agradeço por morar em um bairro maravilhoso onde posso ajudar as crianças. Aproveito para agradecer aos mirandopolenses que me prestigiam na borracharia e também nas causas sociais, meu muito obrigado.


                       
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