Mulheres representam 33% das candidatas a vereadora em Mirandópolis, segundo o TSE
Foto: Montagem AGORA
Em Mirandópolis, não há nenhuma mulher entre os candidatos a prefeito, sendo apenas uma candidatura a vice-prefeita, que é a Vivi do Mercado (vice de Lucas Gonzalez, do Republicanos). Vale ressaltar que na segunda-feira (16), a Elaine do Mirão, então candidata a vice-prefeita com o Welington Brito (PSD) foi substituída por Tiago Martins. Para vereadora, são 20 candidaturas que representam 33% de 60. Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Brasil, se comparadas aos homens, elas ainda representam uma parcela menor dentro da totalidade de candidatos.
Em 2024, 154.344 mulheres disputam as eleições municipais, distribuídas em 5.568 cidades brasileiras.
Ainda de acordo com o TSE, o número de candidatas aos cargos políticos municipais diminuiu mais 17% no país, em comparação com 2020.
COTA DE GÊNERO
Em 1997, foi criada a lei de “cota gênero” em que, teoricamente, os partidos devem respeitar o percentual mínimo de 30% e o máximo de 70% dos gêneros.
A cientista política, Hannah Maruci, conta que esse tipo de política de ação afirmativa não cumpre nem o mínimo na maioria dos casos. “Esse tipo de política de ação afirmativa é essencial para corrigir essa distorção, mas não cumprido nem o mínimo, que seria o primeiro passo, porque a partir do mínimo de 30% que o trabalho começa para chegar até a proporcionalidade entre os dois gêneros. Mas, acaba que o mínimo vira o “teto” para os partidos em um geral”, conta.
Além disso, Hannah explica sobre o conceito, dentro da política, em que apenas mulheres entendem as perspectivas e os problemas das mesmas. “Não quer dizer que o homem não se importa, mas ele simplesmente não tem essa vivência. Então, uma mulher que é eleita tem uma visão de pautas e problemas que as mulheres realmente tem. Diferente de um homem que acaba não tendo esses problemas na rotina dele”, explica.