Família Juvêncio construindo história em Lavínia com empreendimentos de sucesso

Foto: Allan Mendonça (na foto Cleber, Silvia, Roosevelt)

A caçula da família, Silvia Paula Juvêncio dos Santos, 44 anos, nasceu no hospital de Mirandópolis, mas sempre morou em Lavínia. Junto aos três irmãos – Roosevelt (48), Roniy (47) e Cleber (45) – cresceram no centro da cidade com os pais, Paulo e Arlete. O pai trabalhava como motorista de ambulância e, nas horas vagas, fazia manutenção em uma oficina de conserto de eletrodomésticos. Depois de seis meses, ele começou a trabalhar em uma funerária, onde, posteriormente, comprou o negócio e passou a deixar aos filhos a responsabilidade de administração. Em 2004, adquiriu uma farmácia, que hoje é administrada por Silvia, que é casada com Carlos, mãe de Bianca, 21 anos, e Beatriz, 4 anos.

Onde nasceu e como foi a infância?

Como não havia maternidade aqui na cidade, acabei nascendo em Mirandópolis; não tinha outra alternativa (risos). Meus pais eram rígidos, e sou grata a Deus pela forma como nos educaram, pois isso nos transformou em pessoas melhores. Tínhamos uma rotina regrada e não faltava nada.

Como foi descobrir a gravidez após 17 anos?

Tenho duas filhas. Bianca está no quarto ano da faculdade de medicina e pensa em se especializar em psiquiatria. Sinto muito orgulho dela, pois sempre foi uma menina estudiosa, e atualmente estuda em Araçatuba. Com a Bianca estudando, veio a Beatriz, após 17 anos. Foi um susto, pois eu não estava esperando. Mesmo Carlos e minha filha pedindo uma irmã, são os planos de Deus. Se Ele me deu essa bênção, sou grata. Não consigo mais me imaginar sem ela. Ela trouxe uma sensação de querer viver mais, mais força e até para os meus pais o animo de ensinar e correr atrás.

Quando sua família começou a empreender?

Minha família começou a empreender na cidade através de um convite para o meu pai, que resultou no meu primeiro emprego na Funerária Juvêncio, onde eu servia café e vendia planos funerários. A farmácia surgiu como uma extensão da funerária. Meu pai trabalhava como motorista de ambulância da prefeitura e, nas horas vagas, tinha uma oficina onde consertava eletrodomésticos. Meus irmãos começaram a ajudar meu pai ainda muito jovens, enquanto eu, sendo a menininha da família, apenas brincava. O convite para administrar a funerária veio de um rapaz que percebeu a necessidade de um serviço funerário na cidade. Como meu pai já tinha um bom nome, esse rapaz o ofereceu a oportunidade de atuar como o contato direto para as pessoas que precisavam do serviço, e meu pai aceitou. Com o reconhecimento da funerária, surgiu outra oportunidade: em 1995, meu pai adquiriu o estabelecimento, após perceber que meu irmão Roosevelt tinha habilidade para ajudar no negócio. Assim, ele colocou meus irmãos para trabalhar com ele, e eu comecei a atuar na venda de planos, visitando as casas da cidade. Todos em casa começaram a ajudar com os serviços da funerária, e eu fiz muito café. 

Chegou a morar em outra cidade?

Morei em Campinas por oito meses, onde meu marido trabalhava como funcionário público. Após esse período, conseguimos a transferência, e eu voltei para a funerária. Em 2004, surgiu a oportunidade de adquirir a farmácia, que hoje é a rede Multi Drogas. O Sr. Antônio (Tunão), muito conhecido aqui, ofereceu ao meu irmão Cleber a possibilidade de comprá-la, e decidimos investir. Eu não sabia nada sobre farmácias, mas nossa intenção era unir os dois serviços para oferecer mais descontos aos clientes. Já se passaram mais de 20 anos, e a farmácia, que era pequena, conseguimos ampliar. Tunão, que foi meu professor, me ensinou tudo o que sei hoje e sou eternamente grata a ele; era o ‘médico de Lavínia’. Atualmente, eu e meus irmãos cuidamos de ambos os empreendimentos.

O que Lavínia representa para vocês?

Quero fazer o melhor para a cidade e sua população, sempre buscando inovar. Estamos pensando em ampliar e diversificar, pois além dos medicamentos, fornecemos perfumaria e muito mais para atender às necessidades da cidade. Agradeço a Deus, pois tudo o que temos hoje, foi porque Ele permitiu, ter dado meus pais que são uns grandes guerreiros, que me ajudam até hoje, meu marido que me ajuda muito, filhas, minha família e aos meus colaboradores, pois sem eles comigo aqui na farmácia todos os dias não conseguiríamos realizar nada.