Anomalias

Anomalias

Foto: MegaCurioso

No alarmante estado que vivemos, as anomalias são de todo tipo e estão por toda parte, não só em meio às guerras e disputas políticas (e geopolíticas). Um exemplo? O chamado halloween, uma celebração funesta que tomou ares de festas infantis. Parece que surgiu como uma antiga festa pagã céltica das Ilhas Britânicas e se popularizou nos Estados Unidos no século XIX; trazido para o Brasil, vem ganhando espaço, embora, graças a Deus, vem sendo também alvo de críticas e denúncias de muitos padres e leigos. E é estranho que poucas críticas partam dos ambientes antiamericanos, normalmente refratários a tudo que vem de lá…

Estranho também como algumas pessoas têm tratado esse dia como uma celebração. Ou seja, para além do lado lúdico ou cômico que a coisa tem, há quem a trate em seu aspecto espiritual, dando-lhe algo dos contornos primordiais das celebrações pagãs antigas, que foram combatidas pelos missionários que a duras penas evangelizaram as Ilhas Britânicas, com destaque para São Patrício (aprox. 387-461), evangelizador e patrono da Irlanda, e Santo Agostinho de Cantuária, evangelizador da Inglaterra (falecido em 604; data de nascimento desconhecida). O que ali se celebra? Aquilo que se veste? As fantasias vão do mais cafona ao mais grotesco: assassinos, monstros, bruxas, demônios, feiticeiros… A maldade, enfim – ou o pai dela. Além do mais, o lado cafona é evidente: a coisa é de um enorme mau gosto…

E ainda que muitos tratem só como uma brincadeira, não convém de modo algum ao cristão participar disto e muito menos celebrar ou permitir que seus filhos participem. Crianças devem ficar longe desse tipo de coisa, cujo lado lúdico vai se impregnando no imaginário delas e sendo então normalizado. É assim que os agentes das revoluções e da devassidão vão conquistando espaço – sua meta é aniquilar as bases cristãs da sociedade e das almas, e se baixamos a guarda, eles avançam mais.

Diante de um professor, um diretor de escola ou quem quer que seja, insistindo para nossos filhos tomarem parte nisso, é a chance de darmos razão da nossa esperança (como ensina a Primeira Carta de São Pedro, cap. 3, v. 15). Mas se não soubermos argumentar bem para defender nossa posição, basta desconversar e dizer convictamente: “lamento, mas comigo e com meus filhos não. É cafonice demais para nós”.

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