‘Mirandópolis tem uma conexão significativa, pois em 2007 adquirimos as marcas Café Santo Antônio e Labor’, conta Matheus Loli, do Café Macali
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Na tranquila e charmosa cidade de Gabriel Monteiro, um jovem de 28 anos está fazendo história ao revitalizar e expandir a tradição cafeeira da família. Matheus Loli, formado em Engenharia de Produção, voltou para o negócio familiar após uma experiência profissional enriquecedora em uma renomada empresa. Descendente de uma linhagem de cafeicultores, ele agora ocupa o cargo de diretor de produção e marketing do Grupo Macalí, uma marca que desde 1969 é sinônimo de qualidade e tradição na produção de café. Em uma conversa leve e descontraída, Matheus compartilhou sua trajetória, os desafios enfrentados pela indústria cafeeira e o papel essencial da empresa no cenário econômico local. Na entrevista, ele revela não só as raízes de seu legado familiar, mas também sua visão inovadora que promete levar o café Macalí a novos horizontes.
Como foi a sua infância?
Nasci em Araçatuba e cresci em Gabriel Monteiro, assim como muitas pessoas do interior que acabam nascendo em uma cidade maior (risos). Tenho dois irmãos: a Mariane, que tem 33 anos, e o Leonardo, que tem 16. Minha educação começou em Gabriel Monteiro, onde cursava o ensino básico, e depois terminei o ensino médio em Araçatuba. Após essa etapa, ingressei na faculdade e me formei como Engenheiro de Produção em Belo Horizonte.
Você iniciou os trabalhos na empresa da família?
Não exatamente. Minha primeira experiência profissional foi na Brasif, onde permaneci por alguns anos como estagiário. Após a conclusão da faculdade, a empresa queria me efetivar, mas percebi que a oportunidade de trabalhar nas empresas da família seria uma escolha mais acertada. Assim, em 2021, retornei para o negócio familiar, começando minha trajetória como diretor de produção e marketing.
Qual a história do Café Macali?
A história do Café Macali começa em junho de 1969, quando foi fundada a Máquina de Beneficiar Café São Pedro, instalada em Gabriel Monteiro, pelo meu avô, Osmar Loli. Ele foi o pioneiro do grupo e é o pai dos três sócios atuais – meu pai e meus dois tios, Osmar Loli Junior, Ocimar Vagner Loli e Osmair Sandro Loli, que também são os sócios proprietários.
E como a empresa está constituída?
Hoje, o Grupo Macalí se destaca na industrialização de café torrado e moído, além da comercialização. A Torrefação e Moagem de Café Loli Ltda começou suas atividades em Presidente Prudente, em 17 de abril de 1998. Anos depois, em 15 de junho de 2001, toda a linha de produção foi transferida para Gabriel Monteiro, onde operamos atualmente. Além do renomado Café Macalí, outras marcas do nosso grupo incluem Café Prudente, Café Santo Antônio, Café Polemar, Café Labor, Café Três Lagoas, Café da Xícara, Café Extra e Café Vigran.
Qual a ligação da empresa com Mirandópolis?
Mirandópolis tem uma conexão muito significativa para nós, pois em 2007 adquirimos as marcas Café Santo Antônio e Café Labor. Com isso, a região se tornou um pilar importante nas nossas vendas, contribuindo muito para o nosso crescimento.
Quais os principais desafios da empresa?
O principal desafio que enfrentamos atualmente é o preço do café, que varia consideravelmente devido a fatores climáticos como a seca e também pela dinâmica do mercado de exportação.
Quantos funcionários e quantidade de vendas?
No momento, nossa empresa está totalmente baseada em Gabriel Monteiro e contamos com 110 funcionários. Estamos atingindo uma produção de aproximadamente 300 toneladas de café por mês, além de oferecermos produtos como cappuccino, cápsulas e filtros. Essa capacidade de produção é reflexo do comprometimento da nossa equipe e da qualidade que buscamos imprimir em nossos produtos. Por isso, aproveito a entrevista para agradecer toda população de Mirandópolis por sempre prestigiar os nossos produtos.