Canal de graças
Foto: Pai Eterno
Desde criança Santa Catarina Labouré nutria o desejo de ver Nossa Senhora. Tão grande graça lhe foi concedida pela primeira vez em 18 de julho de 1830, quando já era noviça da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, congregação religiosa fundada por ele mesmo (conhecido como “apóstolo da caridade”) e por Santa Luísa de Marillac. Nossa Senhora lhe apareceu outras duas vezes; na segunda das três, em 27 de novembro do mesmo ano, Ela lhe apresentou o modelo da chamada “Medalha milagrosa”, que a partir de 1832 foi cunhada e espalhada pelo mundo, tornando-se objeto de devoção de muita gente e meio de incontáveis graças derramadas aos fiéis.
Assim, todo dia 27 de novembro nós celebramos o dia de Nossa Senhora das Graças, título com o qual Ela mesma se revelou a Santa Catarina. Foi também na segunda aparição que Ela lhe revelou a famosa jaculatória que nós rezamos comumente e que está cunhada no verso da medalha: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
O que se professa nessa jaculatória é a seguinte verdade de fé, vivida pela Igreja ao longo dos séculos e definida como dogma pelo papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854: Nossa Senhora foi concebida, no ventre de sua mãe Santa Ana, sem o pecado original que todos nós carregamos. Ela é uma exceção e por isto jamais pecou, sendo então a criatura mais santa de toda a criação de Deus.
Eis um dos quatro dogmas marianos, o da Imaculada Conceição (ou Concepção) da Virgem Maria, que tem tudo a ver com o mistério da Encarnação e do nascimento de Jesus, pois para que o próprio Deus se encarnasse, e depois nos redimisse, foi escolhida a pessoa mais excelente dentre todas; Ela foi o canal escolhido por Deus para nos trazer Seu Filho, o Sumo Bem, fonte de todo e qualquer bem que se pode experimentar.
Assim, neste tempo do Advento que iniciamos hoje, peçamos à Senhora das Graças que nos ajude a preparar nossas mentes e corações para celebrar dignamente o Natal! Que Ela nos proteja de todas as tentações deste tempo – especialmente avareza, tibieza, distrações, consumismo, tristeza e gula – e nos guarde santos, alegres e esperançosos para acolher a sua maior Graça, seu próprio Filho, Rei do Universo e Nosso Senhor!
Santa Catarina Labouré, rogai a Deus por nós!