Correndo rumo ao sonho: a história de superação de um jovem autista em Lavínia

Correndo rumo ao sonho: a história de superação de um jovem autista em Lavínia

Foto: Divulgação

De volta ao interior após mais de três décadas na capital paulista, o jovem Rafael Silvestrin Kitayama, traz para Lavínia e região um novo propósito para os organizadores de corrida de rua: a inclusão para Pessoas Com Deficiência (PCD). Além disso, inicia sua trajetória como consultor de corrida e digital influencer. Tudo o que ele deseja é usar seu conhecimento, toda a experiência que adquiriu ao longo dos 33 anos para ajudar outras pessoas que estão iniciando ou passam por situações semelhantes. 

Rafael nasceu em Mirandópolis enquanto a família residia em Lavínia. Mas apenas aos três meses foi levado para São Paulo, onde sempre passou por diversos problemas de saúde, até então sem diagnóstico.

Enfrentando várias dificuldades na infância se dividia entre a capital (nos meses letivos) e o interior (nas férias escolares). Encontrou no futebol e posteriormente na corrida uma forma de superar seus limites e conquistar sua liberdade. 

O ESPORTE

Rafael sempre gostou de tudo que envolvesse o esporte, jogou futebol, mas foi na corrida que se encontrou. Em 2015 enfrentava vários problemas de saúde quando observou corredores de rua e se apaixonou. No início era hobby, mas como se considera altamente competitivo veio o desejo de conquistar títulos e assim passou a buscar a alta performance.

Sua primeira medalha veio em 2016 no Circuito das Estações, um ano após iniciar no esporte. E depois disso várias outras medalhas e troféus vieram.

Rafael começou a correr em 2015, sendo que sua primeira medalha veio em 2016, no Circuito das Estações. Foto: Divulgação

O AUTISMO

O Diagnóstico de autismo, suporte 1, veio na fase adulta, aos 30 anos. “Antigamente nós não tínhamos muita informação, mas eu já estava adulto quando minha tia disse que eu tinha traços do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nós procuramos um especialista e o diagnóstico foi confirmado”, conta Rafael.

De acordo com o jovem, o diagnóstico trouxe a clareza e o autoconhecimento que ele buscou durante toda a vida. “Eu passei a tomar os medicamentos corretos, fazer terapia, entender minhas emoções e meus limites e isso foi libertador”, explica.

O FUTURO

Buscando um estilo de vida mais calmo, Rafael deseja continuar no interior, mas é através das redes sociais que deseja alcançar jovens do mundo inteiro dando dicas para quem está iniciando na corrida e falando também sobre superação e autismo. Seu perfil no Instagram @orafakitayama está apenas iniciando, mas ele já busca formas de se engajar. Como consultor em corrida já tem três clientes e pretende expandir sua plataforma em breve.

Além disso o jovem afirma que vai buscar junto aos organizadores de corrida, atletas e chefes de executivo da região a inclusão das pessoas com deficiência na modalidade esportiva ou lutar para que haja a separação por categorias. “Estou aqui para levantar essa bandeira sim. Já falei com alguns organizadores inclusive e em breve deve ter aqui na região categorias específicas”, finaliza Rafael.

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