Diogo Silva: da infância em Pereira Barreto ao empreendedorismo no voleibol em Araçatuba

Diogo Silva: da infância em Pereira Barreto ao empreendedorismo no voleibol em Araçatuba

Foto: Divulgação

Nascido em Ilha Solteira e criado em Pereira Barreto, Diogo dos Santos Silva, de 38 anos, viveu uma infância marcada por desafios e lições valiosas de dignidade e honestidade, transmitidas por seus pais. Desde os 16 anos, ele começou a trilhar seu caminho profissional, atuando inicialmente como office boy, e, ao longo dos anos, tornou-se um respeitado treinador de voleibol e professor de Educação Física. Com uma carreira significativa em Mirandópolis, onde liderou o projeto Vôlei Mirandópolis, Diogo agora se prepara para uma nova fase, empreendendo o Araçá Vôlei em Araçatuba, levando consigo toda a experiência adquirida e o amor pelo esporte.

Como foi sua infância?

Nasci em Ilha Solteira, mas minha família é de Pereira Barreto, onde cresci e passei toda a minha infância e juventude. Meu pai é eletricista de autos e minha mãe é auxiliar administrativa e contadora. Tenho dois irmãos, Danilo (farmacêutico) e Renan (médico), além de mais quatro irmãos, apenas por parte de pai: Luan, Hugo, Heitor e Mateus. Minha infância foi marcada por dificuldades e lutas, mas também por muitas conquistas que meus pais alcançaram para nos criar. Em 2018, conheci minha esposa, Lilian Perlla, com quem me casei em 2021. Temos dois filhos: Hiago (14 anos) e Gael (1 ano).

Quando começou a trabalhar?

Meu primeiro emprego foi aos 16 anos, como office boy na Santa Casa de Pereira Barreto. Aprendi muito nessa função e, posteriormente, fui promovido a assistente administrativo e, em seguida, a recepcionista. Sou graduado em Educação Física, tendo me formado em 2008 pela FISMA (Faculdades Integradas Stella Maris de Andradina). Em 2016, me graduei como treinador CBV Nível II nacional, e em 2021, como CBV Nível III, o que me habilita a comandar qualquer equipe profissional do país. Em 2009, após a formatura, iniciei minha carreira como treinador de voleibol em um projeto social em Pereira Barreto.

Sempre gostou de esportes?

Quando criança, pratiquei diversos esportes, como atletismo, futebol, futsal, judô, natação, sumô e vôlei. Este último, que iniciei aos 14 anos, sempre foi o meu esporte favorito. Atuei no voleibol em Pereira Barreto durante a base e, posteriormente, joguei por várias equipes da região. Durante a adolescência, sonhei em me tornar jogador profissional, mas essa meta não se concretizou. No entanto, essa experiência sempre me motivou a me tornar um treinador de sucesso.

Quando começou a trabalhar na prefeitura?

Em 2009, fiz um concurso público para a Prefeitura de Mirandópolis, passei e fui convocado, assumindo em março de 2010. Iniciei minha trajetória na área esportiva em Mirandópolis com a turma de voleibol adaptado no ginásio de esportes. Desde o início, insisti junto ao diretor da época, o Professor Fumagalli, que eu queria criar uma escolinha de voleibol na cidade, o que finalmente consegui em 2011. Permaneci no projeto Vôlei Mirandópolis por 14 anos. Em 2017, assumi a diretoria de esportes a convite da Dona Regina Mustafa, e trabalhei com mais dois prefeitos, Everton Sodario e Mirão, encerrando minha passagem como diretor em junho de 2024.

Diogo com sua esposa Lilian Perlla e os filhos Hiago e Gael. Foto: Divulgação

Hoje, qual a sua atuação?

Sou servidor efetivo e atuo como professor de educação física na escola Ebe Aurora. Optei, por vontade própria, por não atuar mais como treinador à frente do projeto de vôlei. Em setembro de 2024, mudei-me para Araçatuba com minha família e decidi empreender, inaugurando um novo projeto de voleibol na cidade, chamado Araçá Vôlei. Neste novo empreendimento, que começará em 2025, aplicarei tudo o que vivi e aprendi ao longo dos anos como treinador. Vamos atender crianças iniciantes e também formar turmas de rendimento para competições. Nossa meta é chegar à Federação Paulista e participar de torneios nacionais.

Quer deixar algum recado?

Tenho muito orgulho e gratidão pela minha trajetória. Em Mirandópolis, aprendi e cresci muito profissionalmente, enfrentando dificuldades com o apoio mínimo. O Vôlei Mirandópolis foi um projeto em que depositei todo meu amor e dedicação; dei a vida para atender cada aluno. Ao longo dos anos, evoluímos significativamente e nos tornamos uma referência regional. Sou grato às pessoas que sempre estiveram ao meu lado, apoiando-me. Com pouco, conseguimos fazer muito e deixamos um legado que sempre será lembrado na cidade.

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