As marcas da vitória

Foto: Gerada via Chat GPT
Afinal, chegamos ao coroamento de todo o itinerário iniciado na Quarta-feira de Cinzas: Sábado Santo é dia de celebrarmos a Ressurreição do Senhor, vitorioso sobre o mal, o diabo, o pecado e a morte. Para os desatentos é um dia de ruptura, em que cessam as penitências e volta-se à vida normal. Não é. No Evangelho de São Lucas, Jesus aparece ressuscitado e diz aos discípulos: “Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho” (cap. 24, v. 39). E no cap. 20 do Evangelho de São João, ao lhes mostrar “as mãos e o lado”, os discípulos se alegraram (v. 20), com exceção de Tomé, que não estava com eles e oito dias depois ouviu estas palavras do Senhor: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé” (v. 27).
As chagas são a prova de que Cristo está vivo, as marcas da vitória. Elas são o elo indissolúvel entre Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, tanto que na Missa recordamos sua Morte e comungamos seu Corpo vivo. A alegria da comemoração pela vitória de Cristo é sempre marcada pela recordação do seu sacrifício, não porque Deus queira sufocar a alegria do homem, mas para que honremos os méritos infinitos do sacrifício salvífico, caminho único de redenção e elevação da alma humana. Conceber a Ressurreição esquecendo-se da Cruz é como meditar sobre a Cruz sem esperar pela Ressurreição.
A permanência das chagas de Nosso Senhor são para que o mundo creia na grandeza de sua Encarnação e não se esqueça do escândalo de sua Morte, mesmo vivendo o esplendor de sua Ressurreição. Hoje é um dia de lágrimas, queridos irmãos: lágrimas de júbilo, alegria e maravilhamento, e por isso a liturgia se reveste de toda a solenidade. É um dia de gratidão – ah, se fôssemos gratos a Deus como Ele merece… É hora de bradar em alta voz o nosso “Aleluia, Cristo ressuscitou!”, mantendo o coração rendido diante do grandioso mistério do amor divino! Manifestemos hoje a nossa gratidão e também nossa entrega, nossa permissão, nossa rendição: Ele se doou por nós e temos que nos doar por Ele!
É hora de celebrar, queridos irmãos! Em nome do Pe. Orlando e do Pe. José Arlindo e de todos os colaboradores e funcionários da Paróquia São João Batista de Mirandópolis, desejamos a vocês e suas famílias uma feliz e santa Páscoa, na alegria e na força do Senhor Ressuscitado!