Caminho da Fé: a inspiradora jornada de 300 quilômetros de Josiely Oliva até Aparecida do Norte

Foto: Divulgação
A fé e a superação se entrelaçam na história de Josiely Oliva, uma mulher que decidiu trilhar o “Caminho da Fé” até Aparecida do Norte de bicicleta, em uma jornada que reúne não apenas resistência, mas também uma profunda reflexão sobre a vida e as relações humanas. Acompanhada de seu marido Alexandre e dos amigos Ana Maria e Rogério, de Valparaíso, Josiely encarou com coragem os desafios de uma romaria que exigiu mais do que simplesmente fé; exigiu determinação e apoio mútuo.
UM DESPERTAR DE FÉ
A ideia de percorrer o Caminho da Fé já estava latente em Josiely, iniciando em 2024. Embora não houvesse um motivo específico para essa jornada, a intenção de conhecer o caminho e agradecer de forma geral motivou sua decisão. “O Alexandre já foi várias vezes, então me motivou bastante”, conta, destacando o papel do companheiro em sua preparação emocional para o desafio.
Josiely já havia realizado uma romaria a pé em um outro trajeto, mas dessa vez decidiu se desafiar em uma nova jornada. “Eu já tinha feito uma romaria a pé, mas tinha saído de Três Corações, outro caminho. Então queria me desafiar nesse caminho, cheio de muita fé e história”, reflete sobre sua motivação.
Em meio à preparação, Josiely considerou desistir, especialmente por não estar pedalando com frequência. “Eu tinha desistido de ir, mas eles precisavam de um apoio de carro. Então pensei em ajudar nesse apoio”, relembra. Porém, a poucos dias da partida, a proposta de levar a bicicleta a animou a seguir em frente. “Eles falaram para eu levar a bicicleta de qualquer forma, que poderíamos revezar os motoristas. Isso me animou a ir pedalando, pois sabia que teria o apoio do carro.”





A JORNADA ATÉ APARECIDA
O trajeto, percorrido em quatro dias, totalizou mais de 300 quilômetros. Com uma média de 102 km no primeiro dia, 80 no segundo, 70 no terceiro e 50 km no último, cada quilômetro representou uma superação. “Em alguns momentos pensei em desistir, mas as mensagens em placas e as conversas com os amigos da caminhada fizeram a superação prevalecer”, desabafa.
O caminho, repleto de desafios, também trouxe recompensas. “São aproximadamente 9 mil metros de serra, um trajeto muito difícil, mas totalmente sinalizado. Cada passo era um novo aprendizado”, explica Josiely.
A CHEGADA À BASÍLICA
Ao chegarem à Basílica de Aparecida, a sensação foi indescritível. “A chegada na basílica foi incrível, uma sensação única. Durante o caminho, por ser muito longo, refletimos muito sobre a vida. Além de ser um trajeto lindo, encontramos muitas pessoas com propósitos diferentes. Isso faz a gente refletir e, na chegada, a emoção transborda”, relata, emocionada.

Josiely descreve ainda como a jornada ajudou a ressignificar suas fraquezas e dúvidas. “Durante o trajeto, deixamos as nossas fraquezas e conseguimos pensar no outro, nas lutas e batalhas. Eu estava ali só agradecendo, enquanto muitas pessoas realizavam o caminho da fé para pedir. Isso se torna um combustível para enfrentar esse caminho.”
Para finalizar, Josiely faz questão de expressar sua gratidão. “Agradeço meu marido Alexandre, assim como Ana Maria e Rogério, que me acompanharam e deram força para realizar o trajeto.”
A história de Josiely Oliva serve como um exemplo inspirador sobre como a fé, a amizade e a superação podem transformar vidas e criar laços ainda mais fortes entre as pessoas. Com sua jornada, Josiely reafirma que a verdadeira força está em continuar, mesmo diante das adversidades. A caminhada até Aparecida do Norte não foi apenas uma trilha física, mas uma passagem profunda pelo autoconhecimento e pela gratidão, mostrando que cada desafio pode se transformar em uma celebração da vida.