Dos códigos jurídicos para a internet, a trajetória da influencer Andressa Prato

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Formada em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), ela trocou os códigos jurídicos pela linguagem digital e pela cozinha, e vem conquistando um público fiel nas redes sociais. Andressa Prato, 28 anos, nasceu em Mirandópolis, cresceu em Lavínia ao lado da mãe Josiane e mora atualmente em São Paulo. Hoje ela soma mais de 250 mil seguidores no TikTok (perfil @andressaprato), onde compartilha receitas, dicas culinárias e reflexões sobre o cotidiano. A paixão pela cozinha começou por necessidade, quando se mudou para Londrina em 2014 para cursar a faculdade, mas logo se transformou em expressão criativa, especialmente durante a pandemia, logo após sua formatura, em 2020. Desde então vem se dedicando a cozinha e reinventando sua atuação profissional. Em entrevista ao jornal AGORA NA REGIÃO ela revela algumas curiosidades. 

Como você começou no Tik Tok?

Eu comecei a postar no Tik tok de forma consistente em novembro de 2023, mas o meu perfil começou a ser monetizado em janeiro de 2024, após chegar a 10 mil seguidores, que é um dos requisitos para monetização na plataforma.

Quando começou, você esperava esse sucesso todo?

Eu imagino que todo mundo que use as redes sociais para postar conteúdo criativo espera que esse trabalho atinja o público alvo, mas foi surpreendente e gratificante ver as pessoas se conectando com o que eu produzo.

Por que decidiu deixar a sua área de formação para investir no digital?

Durante o curso eu sabia que não iria querer seguir carreira como advogada e inicialmente, pensei em fazer pós graduação e mestrado na área. Mas acabei entrando no mundo corporativo para trabalhar com Customer Experience dentro de empresas e foi nessa área que fiquei até pouco tempo porque gostava. As redes sociais existiam como um hobby e eu não comecei a postar com o intuito de transformá-las em minha única renda, mas acabou acontecendo e sou muito grata por isso.

Você recebe muitas críticas?

Receber comentários negativos acaba fazendo parte de usar a internet como uma plataforma para compartilhar um trabalho, porque nem todos vão gostar ou se identificar com o que fazemos. Eu tenho uma comunidade muito positiva e isso é muito mais valioso do que eventuais haters que podem acabar chegando.

O que mais gosta de cozinhar? Por quê?

Gosto muito de confeitaria e panificação, porque são áreas muito criativas ao mesmo tempo em que exigem regras e um certo tipo de controle para que tudo saia perfeito, então gosto de experimentar ingredientes e proporções diferentes em receitas tradicionais, como quando fiz um brioche de beterraba com pétalas de rosa.

Pretende expandir para outras redes ou formatos, como YouTube, cursos ou eventos?

Eu lancei dois e-books, um sazonal, focado em receitas para a ceia de Natal e Ano Novo e o último em receitas para montar refeições de almoço e jantar. Além disso, também tenho um canal no Youtube, que comecei recentemente. Faz pouco tempo que a criação de conteúdo se tornou o meu único trabalho, então aos poucos vou construindo uma jornada que faça sentido para mim e para as pessoas que me acompanham, mas com certeza, a ideia de sair um pouco do online e pensar em atividades presenciais é algo que me agrada muito.

Você já alcançou um público considerável. Que conselho daria para quem está começando agora nas redes sociais?

O mais importante é gostar da jornada. Gostar do conteúdo que você produz, gostar de se expressar de maneira criativa e gostar de construir essa plataforma. Porque o sucesso é muito relativo e pode demorar para que você tenha um retorno financeiro significativo. Ao invés de focar em números, foque em construir uma comunidade e ter um conteúdo autêntico, isso é um diferencial.