Oitenta anos de história: trabalho, política e família como pilares da vida de Cal Ferreira
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Com 80 anos de vida, completados em 27 de agosto de 2025, João Carlos Ferreira carrega na memória histórias de trabalho, política, esporte e família. Nascido em Mirandópolis, pai de três filhos, ele é reconhecido pela paixão pelo Corinthians e forte participação na política local, principalmente nas décadas anteriores. Nesta entrevista ao jornal AGORA NA REGIÃO, Cal como é popularmente conhecido, relembra momentos marcantes de sua trajetória e compartilha aprendizados e experiências.
Onde o senhor nasceu e cresceu?
Nasci em Mirandópolis. Meus pais eram Antônio e Ernestina. Tive sete irmãos. Meu pai trabalhava como vigia e minha mãe era doméstica. Cresci brincando nas ruas de terra da cidade e estudei nas escolas locais. Me lembro bem do Grupo Escolar 1 e 2. Era assim naquela época.
Sempre morou em Mirandópolis? Como foi sua relação com a cidade?
Sim, sempre morei aqui. Minha relação com Mirandópolis sempre foi muito boa, mesmo tendo algumas divergências, como acontece com qualquer pessoa.
Quando começou a trabalhar?
Comecei cedo, aos 16 anos, na fábrica de algodão Esteves, onde depois me aposentei. Mais tarde tive uma banca de jornal, entre 1998 e 2000, e fui representante da Folha de S. Paulo em Mirandópolis, de 1999 a 2003, cuidando da distribuição. Naquele tempo, o jornal era a principal fonte de informação da população.
O senhor também trabalhou com futebol. Como foi essa experiência?
Foi um período interessante. Atuei levando jogadores para a Europa. Um deles foi o Caio, aqui de Mirandópolis. Também trabalhei com o Canu e o Gil, ambos de Andradina, que depois acabou seguindo outro empresário.
O que o esporte representa para o senhor?
Paixão. Sempre fui corintiano roxo e acompanhei o time em todas as fases.
E a política, como entrou na sua vida?
Sempre gostei de participar da política local e estadual. Costumava atuar como cabo eleitoral, apoiando candidatos e debatendo ideias. Na minha época, muitas vezes estive na oposição, principalmente da politica estadual, sempre envolvido de alguma forma.
O senhor enfrentou um problema de saúde. Como está hoje?
Foi um período difícil, mas graças a Deus estou me recuperando. Aos 80 anos, sigo com a cabeça boa, recebendo o carinho da família e dos amigos que sempre me visitam. Isso me dá força.
O que a família significa para o senhor?
Tudo. Casei com Sônia Maria Pelho Ferreira e tivemos três filhos: João Ricardo, João Fernando e João Vitor. A família sempre foi meu maior apoio e orgulho.
Que conselho o senhor deixaria para os mais jovens?
Trabalhar sempre com honestidade, respeitar as pessoas e nunca desistir dos sonhos.

