Fecundidade

Fecundidade

Foto: Porciuncula Niteroi

Após à vitória do exército cristão frente aos otomanos na famosa batalha de Lepanto, em 1571, o Papa São Pio V instituiu o dia 7 de outubro como festa de Nossa Senhora das Vitórias, nome alterado um ano depois, pelo Papa Gregório XIII, para festa de Nossa Senhora do Rosário. Já em 1926, o Papa Pio XI instituiu o terceiro domingo de outubro como dia mundial das missões. E no Brasil, celebramos Nossa Senhora Aparecida, nossa Rainha e Padroeira. Assim, outubro é um mês oportuno para intensificarmos nossas orações, atendendo aos insistentes pedidos da Mãe de Deus, que é também nossa e deseja mais e mais filhos para si, para levá-los a Deus.

Essa fecundidade, desejada por Ela e por Deus, é maravilhosamente explicada por São Luís Maria Grignon de Montfort (1673-1716), em seu Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria: o Espírito Santo, “não produzindo nenhuma outra Pessoa divina, tornou-Se fecundo por Maria, que Ele desposou. É com Ela, n’Ela e d’Ela que Ele produziu sua obra-prima, um Deus feito homem, e produz todos os dias, até o fim do mundo, os predestinados e os membros do corpo cuja cabeça é o adorável Jesus. Por isso, quanto mais Ele encontra sua querida e inseparável Esposa Maria numa alma, tanto mais Se torna operante e poderoso para produzir Jesus Cristo nessa alma e essa alma em Jesus Cristo”.

Ou seja, como Jesus procede do Pai, e o Espírito Santo, conforme consta no Credo niceno-constantinopolitano, “procede do Pai e do Filho”, e nenhuma Pessoa divina procede do Espírito Santo, assim Ele, o Espírito Santo, explica São Luís Grignon, encontra sua fecundidade primeiramente em gerar Jesus no seio da Virgem Maria, e também em gerar espiritualmente, por meio d’Ela, mais filhos em Jesus Cristo. E Ela, da mesma forma, encontra sua fecundidade primeiro na geração de Jesus em seu ventre – por obra do Espírito – e também na geração espiritual de mais e mais filhos, que Ela conduz a Deus.

Diz ainda São Luís Grignon: “Deus Espírito Santo comunicou a Maria, sua fiel Esposa, seus dons inefáveis e A escolheu como dispensadora de tudo o que possui. De maneira que Ela distribui a quem quer, quanto quer, como e quando quer, todos os seus dons e suas graças”. Assim sendo, queridos irmãos, nada nos resta a não ser recorrer com ardor e confiança à nossa Mãe querida, pelas missões, por nossas necessidades e pelo do mundo inteiro!

Viva a Virgem Santíssima, nossa Rainha e Senhora de todas as nossas vitórias!

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