‘Trabalhar no ramo imobiliário é gratificante, foi uma longa jornada para chegar até onde estou’, recorda Claudia Nakamura

‘Trabalhar no ramo imobiliário é gratificante, foi uma longa jornada para chegar até onde estou’, recorda Claudia Nakamura

Foto: Allan Mendonça

A entrevista desta semana é com Claudia Valeria Nakamura, corretora de imóveis e delegada do CRECI municipal. Formada em Educação Física, ela é proprietária de sua imobiliária desde 2014. Durante a entrevista, Claudia também compartilhou sua experiência enfrentando um problema de saúde sério – um AVC – que a afastou de suas funções por seis meses. Após uma longa jornada de recuperação, agora ela atende seus clientes no escritório localizado na Rua das Nações Unidas, nº 78. Aos 56 anos, Claudia, filha de Maria José, relembra os desafios que enfrentou na adolescência ao lado dos irmãos Marcos e Joselane, depois que seu pai, Ossamu Nakamura (in memoriam), faleceu precocemente. Claudia se destaca como empresária e demonstra seu compromisso em ajudar ao próximo ao participar ativamente do Rotary Club de Mirandópolis. Continue lendo para conferir a entrevista completa.

Como foi a sua infância?

Nasci em Mirandópolis no bairro Pauliceia juntamente com meus irmãos Marcos e Joselane. Tivemos uma infância feliz, apesar de ter perdido meu pai cedo, aos 10 anos. Naquela época, brincávamos muito na rua, onde não havia perigo, ao contrário da realidade atual, em que as pessoas estão mais preocupadas em deixar seus filhos brincarem do lado de fora. As brincadeiras como cabra cega, balança caixão e outras atividades da época nos uniam muito com os colegas da escola, proporcionando experiências valiosas. Esses momentos foram proveitosos e me permitiram absorver bons ensinamentos dos meus pais, que foram essenciais para minha formação e para me tornar a pessoa que sou hoje. Meus estudos incluíram passagens pelo Noêmia (Cene) e Edgar, onde cursei o magistério e Contabilidade na 14 de Agosto em 1985. Em 1989, iniciei os cursos de Educação Física e Processamento de Dados na Faculdade Stela Maris em Andradina, concluindo-os em 1991. Em 2008, finalizei o curso de corretora de imóveis, ampliando assim minha formação acadêmica e profissional.

Quando começou a trabalhar?

Após o falecimento de meu pai, Ossamu, que trabalhava na CESPI, hoje ELEKTRO, minha mãe, que era dona de casa na época, ficou viúva aos 35 anos. Esta foi uma fase difícil para nossa família, pois ficamos com a casa alugada e éramos muito dependentes dele, eu tinha apenas 10 anos na época. Com a ajuda de familiares e amigos, conseguimos superar essa fase complicada e fomos crescendo. Essa experiência foi desafiadora, mas nos ajudou a cada um seguir seu caminho com sucesso, o que enche de orgulho minha mãe e a todos nós hoje. Diante das circunstâncias, minha mãe acabou ingressando na Volks e posteriormente se aposentou como professora, após um tempo em que obteve ajuda dos meus avós. Eu comecei a trabalhar aos 17 anos no Cartório do José Augusto de Oliveira e Cacilda, desempenhando as rotinas de escritório. Meu irmão Marcos (In Memorian) iniciou sua carreira no Banco América, enquanto minha irmã ainda era muito jovem na época. Esses desafios e obstáculos que enfrentamos moldaram quem somos hoje e nos ensinaram a valorizar o esforço, a família e a persistência diante das adversidades.

Como surgiu o interesse em abrir a imobiliária?

Iniciei minha carreira profissional em 1994, quando precisei me deslocar para São Paulo a convite de um tio que possuía uma imobiliária chamada Genaro Imóveis. Comecei a trabalhar com ele e descobri um genuíno interesse pelo ramo imobiliário, o que me motivou a seguir nessa área. Em 2008, obtive meu registro no CRECI ao concluir um curso de Corretora de Imóveis realizado no Instituto Ebrae, na cidade de São José do Rio Preto, onde encontrei minha verdadeira vocação. Meu tio Hiroshi Nakamura decidiu estabelecer a Imobiliária Nakamura, que, na época, estava localizada na Rua Rafael Pereira, em conjunto com o Escritório Santo Antônio. Trabalhei lá por um período e, posteriormente, decidi montar meu próprio escritório. Em 2009, tornei-me proprietária do meu próprio empreendimento imobiliário, situado onde hoje é o estacionamento do Multi Shop. Quando a ACIM mudou de local, adquiri o prédio, o reformei e personalizei, criando um espaço que refletisse minha identidade profissional. Ao longo de mais de 20 anos de atuação nessa profissão, sob o nome de Cláudia Nakamura – Corretora de Imóveis, fui convidada a ocupar o cargo de Delegada do CRECI na cidade a partir de 2013. Esta posição implica grande responsabilidade, envolvendo atividades de fiscalização sobre outras imobiliárias e documentos necessários na profissão. Participo ativamente das convenções administrativas em função dessa responsabilidade, assegurando a regulamentação e a ética no setor imobiliário.

Como aconteceu o AVC?

Devido ao estresse do trabalho em 2014, tive um problema de saúde e acabei sofrendo um AVC (Acidente Vascular Cerebral), precisando fazer um tratamento sério, onde quase morri. Já estava no escritório novo e, devido ao trabalho complexo e intenso, comecei a sentir os sintomas decorrentes do acúmulo de estresse e da sobrecarga de serviços. Me ausentando por cerca de 6 meses, acabei indo para Campo Grande, onde o meu tratamento foi realizado no hospital em que minha irmã, por ser da área da saúde, me encaminhou para fazer o tratamento. Meu irmão na época assumiu a imobiliária nesse período em que fiquei fora e, graças a Deus, retornei sem sequelas, precisando de medicação até hoje. Foi um momento muito difícil da minha vida, além de correr os riscos, fiquei preocupado com o serviço, mas graças a Deus e aos meus familiares, deu tudo certo


                       
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