De Mirandópolis a São Paulo: a jornada de Paulo Mardegan na moda, dança e decoração

De Mirandópolis a São Paulo: a jornada de Paulo Mardegan na moda, dança e decoração

Foto: Divulgação

Conversamos com Paulo Henrique Mardegan Martins, nascido em 1986 em Mirandópolis. Filho de Bilo e Roseli, Paulinho mudou-se para São Paulo para estudar na renomada escola de atores Wolf Maia, onde aprimorou seus talentos em dança, teatro e canto. Contudo, um problema familiar forçou a interrupção de seus estudos. No entanto, ele deu início à sua jornada profissional em uma loja de roupas, passando por marcas como TNG, Ellus e 775. Seu retorno a Mirandópolis teve como objetivo empreender com uma loja de roupas; no entanto, sua trajetória não parou por aí: começou a dar aulas de balé e jazz e, posteriormente, a trabalhar com decoração, área na qual se especializou ao concluir um curso em Gestão de Eventos. Confira a seguir a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Cresci em uma casa com meu pai, conhecido popularmente como Bilo, minha mãe, Roseli, e minha irmã, Eloá. Tive uma infância tranquila, e minha primeira lembrança é da casa em que morávamos próximo ao bosque, ao lado do que hoje é o Restaurante Varanda. Depois, mudamos para perto do Zuin Gás e, em seguida, para a casa onde meus pais ainda moram, no Jardim Sampaio. Estudei em Mirandópolis até o terceiro colegial, e depois me mudei para São Paulo.

Quais motivos te levaram para São Paulo?

Fui para estudar na escola de atores Wolf Maia, que englobava dança, teatro e canto. No entanto, algum tempo depois, enfrentamos um problema familiar, e não consegui continuar no curso, principalmente por questões financeiras. Assim, comecei a trabalhar em São Paulo para tentar juntar dinheiro e retomar os estudos, mas acabei me envolvendo tanto no trabalho que não tive tempo de voltar à escola (risos).

Qual foi sua primeira experiência profissional?

Foi em uma loja de roupas, a TNG, em um shopping. Foi nesse momento que comecei a descobrir o mundo da moda. O interessante é que comecei como vendedor e, com o tempo, passei a subgerente e depois a gerente. Foram anos de muito trabalho e aprendizado, que mudaram meu objetivo de vida. Eu me apaixonei por esse trabalho, o que fez esfriar meu interesse no teatro e dança, que inicialmente era meu foco.

Quais outras experiências profissionais tiveram na sequência?

Trabalhei na Ellus, onde comecei como subgerente e depois fui promovido a gerente. Depois entrou um capítulo especial da minha trajetória que foi na loja 775, onde entrei como supervisor e tive contato direto com a fábrica. Essa experiência me encantou ainda mais com o mundo da moda. O diferencial foi a proximidade com os donos da marca, Dona Márcia e Seu Davi, pessoas pelas quais tenho enorme gratidão e que jamais esqueceria. Trabalhei vários anos com eles, o que me permitiu abrir uma loja da marca em Mirandópolis.

Você retornou neste momento?

Fiquei morando em São Paulo por mais um ano após a inauguração da loja, enquanto minha mãe e minha irmã cuidavam do negócio. No entanto, como a loja estava dando muito certo, decidi voltar para Mirandópolis a fim de dedicar 100% do meu tempo ao trabalho. Foi um período maravilhoso, repleto de bons momentos, embora empreender não seja fácil.

Além da dança, Paulo Henrique trabalha com decoração de festas infantis, aniversários e casamentos. Foto: Arquivo Pessoal

E você também começou a dar aula?

Sim, foi interessante voltar à Academia Ativa, onde fui aluno por muitos anos, para dar aulas de balé e jazz. Até hoje, continuo dando aulas, e pretendo seguir fazendo isso por muito tempo, pois é algo que me faz extremamente bem.

E a decoração, quando começou?

Sempre trabalhei com a decoração das lojas em que estive, tanto dos espaços físicos quanto das vitrines. Embora isso seja diferente da decoração de festas, com certeza me trouxe ensinamentos valiosos que utilizo até hoje. Mas como negócio, a decoração iniciou com os carrinhos de brigadeiro que personalizei, os quais o pessoal adorava. A partir disso, fui criando um acervo de decorações e percebi que poderia expandir. Assim, comecei a me aventurar na decoração de festas, e hoje realizo festas infantis, aniversários, casamentos, entre outras comemorações. Recentemente, me graduei no curso de Gestão de Eventos, o que complementou minha experiência prática com a teoria.


                       
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