Paulo de Tarcio Oliveira: seis décadas de dedicação a Mirandópolis

Paulo de Tarcio Oliveira: seis décadas de dedicação a Mirandópolis

Foto: Agora na Região

Paulo de Tarcio Oliveira, mais conhecido como Paulinho Santana, é um nome de destaque em Mirandópolis, onde reside há 60 anos. Paulo carrega um apelido herdado de seu pai, que também era chamado de Paulo Santana, apesar de o sobrenome da família ser Oliveira. Ele é proprietário da Paulinho Eletrificação e do Espaço de Festas Happy Kids. Aos 68 anos, ele reflete sobre sua vida, sua carreira e sua relação com a cidade.

Você nasceu em Mirandópolis?

Não, nasci em São João do Iracema, uma cidade pequena próxima a General Salgado, com um tamanho semelhante ao de Mirandópolis. Meu pai era capataz de fazenda e foi trabalhar para um fazendeiro na Terceira Aliança, onde se mudou com a família. Depois, ele começou a trabalhar por conta própria e nos mudamos para a Segunda Aliança, onde iniciei meus estudos. Fiz o primeiro ano escolar em 1964, e depois nos mudamos para Mirandópolis, onde estou até hoje.

Sua família teve envolvimento com a política?

Meu pai nunca se envolveu com política, ele era analfabeto e, apesar das nossas tentativas, nunca quis aprender a ler e escrever. No entanto, meu sogro, o pai da Cecília, teve uma trajetória política significativa. O Lourenção, como era conhecido, faz muita falta para nossa família. Ele foi vereador, presidente da Câmara e prefeito por dois mandatos, um deles com seis anos de duração.

Como decidiu seguir a carreira de engenheiro elétrico?

Quando eu morava na Aliança, ganhei uma bicicleta do meu pai e queria colocar uma luz nela. Como naquela época não havia internet, me ensinaram a improvisar com bambu, pilhas e esponja de aço. Isso despertou meu interesse pela parte elétrica desde criança. Mais tarde, na escola, optei pela área de Exatas. Fiz cursinho em Ribeirão Preto e depois entrei na faculdade de Engenharia Elétrica. Primeiro fiz um curso técnico em Minas Gerais, e depois conclui a graduação em Engenharia Elétrica na Unesp de Bauru, além de uma pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Quando voltei para Mirandópolis, abri minha empresa de forma humilde, e hoje seguimos com quatro funcionários.

Como conheceu sua esposa?

Conheci a Cecília logo depois que o pai dela ganhou a eleição para prefeito em 1968. Eles se mudaram para Mirandópolis por conta da eleição, e, por coincidência, fomos vizinhos. Desde pequenos, começamos uma amizade, que mais tarde se transformou em um relacionamento. Estamos casados há 40 anos, temos três filhos e sete netos.

Qual é a sua relação com Mirandópolis?

Moro aqui há seis décadas e tive oportunidades de trabalhar fora, mas sempre escolhi Mirandópolis. Apesar de muitas pessoas deixarem a cidade, acabam voltando. Gosto muito daqui e quero permanecer.

Você passou recentemente por um problema de saúde. Como tem lidado com isso?

Esses problemas podem acontecer a qualquer momento, e para mim foi uma surpresa. Encaro como um aprendizado, como um aviso para desacelerar. Tenho orado todos os dias, o que tem ajudado na minha recuperação. Recebi muito apoio da minha família, especialmente do meu filho João, que é médico. Tenho três filhos: Paulo, que é engenheiro civil na Prefeitura; Pedro, que é dentista; e João, que trabalha como médico em São Paulo. Eles me apoiam muito, e estou tentando desacelerar, mas não é fácil (risos).


                       
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