‘Adoro levar alegria para dentro das casas’, comenta Regina Cheida

‘Adoro levar alegria para dentro das casas’, comenta Regina Cheida

Se você é ligado em cultura já deve ter escutado falar de Regina Cheida. A artista plástica vem se destacando no cenário nacional e internacional pela sólida carreira construída ao longo dos últimos vinte anos com suas marcas da escola contemporânea e da Academia Angelina Waldemarin Messemberg.

Regina nasceu em Alto Alegre e morou em Penápolis até os 10 anos, foi quando mudou com seus pais para Mirandópolis, onde passou infância e juventude. “Lembro muito bem que meu primeiro contato com a arte foi em Mirandópolis. Tínhamos uma turma que fazia piano no colégio da Dona Jail Brasil da Silva, em Andradina. Tenho na lembrança perfeitamente o Salvador Rosado, com sua perua, passando de casa em casa para levar cerca de 15 jovens para estudar”, recorda a artista.

Ela ressalta que uma outra paixão sempre foi o ballet e lembra que quando mudou para Bauru para fazer faculdade intensificou as aulas. Já depois da graduação seu plano era montar uma escola de dança, mas seus planos não deram sequência por conta de um acidente de carro.

“Infelizmente não consegui colocar meu plano em prática, com isso foquei nas artes. O interessante é que na verdade não entendia muito bem como poderia sobreviver sendo artista plástico, ou seja, vendendo os quadros, então teve um período de autoconhecimento que foi difícil”, lembra Regina.

A artista recorda que depois de formada arrumou sua mochila, colocou alguns quadros embaixo do braço e foi para São Paulo em busca de oportunidades. Chegando na capital bateu na porta de diversas galerias para mostrar seu trabalho.

“Morei lá por quase dois. O engraçado é que nesse período participei de 15 exposições e ganhei 16 prêmios, o problema é que não vendi nenhuma tela. Isso martelava na minha cabeça, porque não buscava ser famosa, mas sim sobreviver da arte”, define a artista.

Regina conta que decidiu sair de São Paulo para morar em Araçatuba, sendo que iniciou a produção de retrato de animal, o que foi um sucesso na época. Com isso ela percebeu que tinha uma boa oportunidade de mercado, bastava se adequar as necessidades das pessoas.

“Sou uma artista que realiza o sonho do cliente. O retrato na verdade é um sonho que realizamos, isso é muito interessante e me dá prazer. Entendido essa oportunidade montei uma galeria de arte em Rio Preto. Além das minhas artes disponibilizava o espaço para outros artistas, no total de 15 pessoas de renome nacional. Como ficava ali diariamente percebi que a maioria dos trabalhos que vendiam eram os meus, então depois de um período deixei só a minha linha de trabalho na galeria”, explica Regina.

Exposição mundo afora
Hoje sua galeria disponibiliza diversas linhas de trabalhos: escritório, pessoal, romântico, moderno, contemporâneo e retrato. No Brasil sua carreira está consolidada com obras já expostas em Brasília, Curitiba, Londrina, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e diversas outras cidades.

“Com a galeria de Curitiba, localizada no Centro histórico, consegui vender trabalho para Coreia do Sul, Alemanha, Itália, Rússia, China. Em São Paulo, estou no D&D, e já vendi pra Angola, África do Sul e muitos outros países. No exterior foco mais na exposição e não tanto em venda”, analisa Regina, que já expos em Barcelona, Alemanha e Portugal.

Gratidão por Mirandópolis
Durante a entrevista a artista reforçou que o ponto de partida da sua carreira foi Mirandópolis, já que nas primeiras exposições as pessoas participavam e também compravam seus quadros, dando ainda mais motivação para iniciar na carreira.

“Vender em cidade pequena, onde o hábito de comprar uma arte não está tão enraizado, me deixa muito feliz. Na minha última exposição em Mirandópolis, onde fui por conta de um convite do Cleber Ferreira e da Regina Mustafa, foi um sucesso de vendas, por isso aproveito para agradecer o povo mirandopolense que sempre me apoiou”, finaliza Regina Cheida.

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