URGENTE: Mirandópolis confirma 1º caso de coronavírus e prefeito volta a criticar Doria
A Prefeitura de Mirandópolis confirmou na tarde desta sexta-feira (17), o 1º caso com teste positivo para o novo coronavírus. Trata-se de uma idosa de 71 anos que está internada em Araçatuba. Ela está na UTI, mas o quadro clínico é estável.
Em vídeo divulgado em rede social, o prefeito Everton Sodario (PSL) disse que a notícia não é novidade e que já aguardava por esse anúncio. Além disso, o chefe do Executivo afirmou que outros casos são esperados. “Não é motivo para pânico, mas para cautela”, falou.
Sodario disse que a prefeitura aguarda mais dois casos a serem confirmados. O jornal apurou que ambos estão internados no hospital estadual da cidade. Os exames devem sair a qualquer momento.
O departamento de Saúde informou que aguarda o resultado da contraprova dessa paciente idosa, o que pode mudar a classificação. “Entretanto, de acordo com os protocolos oficiais, com os atuais resultados dos exames, já se classifica nestas condições”, diz a nota divulgada pelo setor.
A prefeitura não informou se a idosa teve contatos com outras pessoas que residem na cidade e nem se alguém próximo a ela está cumprindo isolamento domiciliar.
NOVAS CRÍTICAS A DORIA
Ainda no vídeo, o prefeito disse que defende o distanciamento e não o isolamento social. Ele não disse se irá tomar medidas mais drásticas após o anúncio do 1º caso positivo. Sodario voltou a criticar o governador do Estado, João Doria (PSDB) por ter prorrogado a quarentena até 10 de maio.
“Quatro lojas não vão mais abrir em Mirandópolis por irresponsabilidade do governador João Doria. Não tenho simpatia pelas ações do Doria e me declaro oposição. Hoje ele age com tática socialista”, disse Sodario.
“Não soltamos nenhum decreto ainda. Apoiamos a flexibilização. A população daqui alguns dias vai passar fome. Uma cidade de 30 mil habitantes não pode parar por conta de uma previsão de casos que serão confirmados”, falou.
MANDADO DE SEGURANÇA
Na quarta-feira, 8 de abril, o prefeito protocolou no TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) mandado de segurança contra o ato do governador de ter prorrogado pela primeira vez a quarentena no estado.
No mandado, o prefeito alegara que no município havia apenas poucos casos suspeitos do novo coronavírus e que a prorrogação da quarentena desconsidera essa particularidade local, impondo à cidade um pesado ônus, inclusive no tocante à arrecadação.
O mandado era para obter pelas vias judiciais a liberação do comércio local e da prestação de serviços para funcionamento sem restrições, entretanto, com a imposição imediata de medidas sanitárias e fiscalização constante.
Cinco dias depois, o desembargador Claudio Godoy negou a liminar e foi enfático em sua decisão ao afirmar que não cabe à prefeitura adotar medidas de maneira isolada, se prevalecendo apenas particular interesse local.