Família cobra respostas por morte de detento da P1 de Mirandópolis; SAP emite comunicado

Família cobra respostas por morte de detento da P1 de Mirandópolis; SAP emite comunicado

Foto: Arquivo Pessoal/Família David

Um detento de 37 anos da Penitenciária I “Nestor Canoa” de Mirandópolis morreu no domingo (24). Diversos familiares e amigos do sentenciado David Junior Avelar cobram respostas sobre o caso.

A Secretaria da Administração Penitenciária informa que “foram empenhados todos os esforços necessários na assistência ao custodiado citado. Com atendimento inicial em enfermaria na unidade prisional no sábado (23), com acompanhamento diuturno do custodiado, com aferição de saúde constante e, ainda, com dois encaminhamentos no mesmo dia, no domingo (24), ao pronto-socorro do hospital da cidade de Mirandópolis. A unidade prisional acionou a Polícia Civil para apoio na identificação e localização de eventuais familiares do reeducando por não haver parente cadastrado ativo no rol de visitas”.

O QUE DIZ A FAMÍLIA

Em entrevista ao jornal AGORA NA REGIÃO, uma irmã do detento, que preferiu não ter o nome revelado, reclama que não recebeu laudo médico e que foi informada apenas dois dias após o falecimento. “Meu irmão faleceu no sábado, às 23h18, mas só entraram em contato comigo na segunda-feira, achei um descaso. Além disso, não mandaram o laudo médico que detalha sobre a morte, enviando apenas a certidão de óbito. E para finalizar, não tínhamos condições financeiras para trazer o corpo para Mogi das Cruzes, pois eles cobraram R$ 4.200. Dai foi preciso fazer uma vaquinha para conseguir trazer o corpo, chegando somente na terça-feira”, detalha a irmã. 

OUTRO DEPOIMENTO

A mulher de um outro sentenciado da mesma unidade prisional, que também preferiu não ter o nome revelado, disse que “No dia 23 fui visitar meu esposo, ele falou que tinha um preso na enfermaria e que o raio estava agitado por conta disso, pois os guardas não queriam dar assistência. O meu marido confirmou que tiveram que fazer um tumulto na sexta feira, só assim o David (detento que faleceu) foi para a enfermaria. Lá ele tomou quatro injeções e voltou pro raio. Porém, o David piorou e voltou na noite de sábado pra enfermeira e quando foi no domingo veio um recado, por outro preso que também estava na enfermaria, que ele tinha falecido. Com isso os presos começaram a bater garrafas a fazer uma bagunça na unidade pedindo uma atenção do diretor, que foi conversar no raio e disse que realmente aplicaram as injeções e que ele teria falecido assim mesmo”, contou a mulher.


                       
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