Medicina do trabalho: qual sua importância para as empresas e colaboradores?

Medicina do trabalho: qual sua importância para as empresas e colaboradores?

Também conhecida como Medicina do Trabalho, a Medicina Ocupacional é uma forte aliada para muitas empresas e profissionais quando o assunto é a segurança do trabalho.

Segundo a legislação brasileira, os empregadores têm como obrigação zelar pela saúde e pela segurança dos seus funcionários, conforme determinam as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho.

De acordo com o Dr. Fernando de Almeida Borges, mirandopolense graduado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) e especializado em Medicina do Trabalho, pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), esta é uma área que ajuda a assegurar que os trabalhadores não desenvolvam doenças próprias do trabalho, atuando através da diminuição de riscos no ambiente laboral, o que resulta também em melhores qualidades de vida para o funcionário.

“Ao optar por trabalhar com um médico ocupacional a empresa consegue ter um melhor aproveitamento do funcionário em questão ao absenteísmo (faltas no trabalho) e também no presenteísmo (quando o funcionário vai trabalhar, mas não produz muito devido a problemas de saúde). Através da medicina do trabalho é possível prever os possíveis riscos da profissão e desenvolver formas de prevenção para garantir a segurança da equipe”, explica Borges.

AÇÕES PREVENTIVAS

Cada profissão apresenta riscos diferentes derivados das atividades desempenhadas, bem como do local onde o profissional atua, pois estes fatores podem resultar na alteração dos tipos de riscos. Portanto, o médico ocupacional deve contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar, composta por engenheiro, técnico de segurança, entre outros profissionais, para realizar as medições e avaliações do ambiente, identificando quais riscos cada grupo de trabalhador terá.

O Dr. Fernando Borges revela que existem diversas formas de garantir a segurança profissional do ambiente de trabalho, entre elas uma prática que deve ser adotada e utilizada diariamente pelos funcionários é a auto-avaliação, evitando desempenhar atividades as quais os empregados não se sintam totalmente seguros.

“Legalmente o trabalhador tem o direito de pedir uma avaliação ou orientação para garantir a sua segurança. Costumo instruir que se eles não se sentirem seguros fazendo alguma coisa o melhor é que eles procurem ajuda ou solicitem uma orientação”, enfatiza o profissional.

Ainda de acordo com o especialista, as avaliações locais devem ser atividades contínuas, pois com o passar do tempo e com a evolução da tecnologia utilizada pelas empresas os riscos também tendem a mudar, o que torna as reavaliações necessárias.

“O meu foco como médico do trabalho é prezar para que o funcionário volte para a casa em segurança, sem nenhuma doença ou dificuldade diferente de quando ele saiu de casa para ir trabalhar! Na usina nós estamos trabalhando em busca do lema ‘acidente zero’, o que é complicado, pois não são todos os fatores que podemos controlar, mas buscamos sempre evitar ao máximo os possíveis acidentes de trabalho”.

DOENÇAS OCUPACIONAIS

Atualmente, um dos principais grupos de doenças ocupacionais é o das doenças ósseo-musculares, causadas pelo exercício prolongado, que podem resultar em Lesões por Esforço Repetitivo (LER).

“Existe dois tipos de dores, a dor de um exercício muscular da forma correta, que passa após a noite de sono e a dor que persiste por dias, a qual o funcionário deve ficar atento, pois pode indicar uma possível doença com progressão maior, não apenas muscular”, alerta Fernando.

Nestes casos a recomendação médica é que o funcionário que realiza atividades repetitivas durante todo o dia de serviço tenha pausas periódicas a cada 40 ou 50 minutos, reservando pelo menos 10 minutos para a realização de exercícios, ou intercalando os tipos de funções realizadas.

Com a pandemia da covid, outro grupo que evoluiu foi o dos distúrbios psiquiátricos, os quais incluem depressão, ansiedade e burnout. Como explicação, o doutor relata que ao passar mais tempo em casa sem ter um convívio social diferenciado às pessoas ficam mais vulneráveis a esse tipo de doença.

“Com a pandemia isso tudo foi geral, então todos acabamos sentindo de forma mais intensa, alguns em graus mais elevados e outros em graus menores”, finaliza.

Dr. Fernando Borges

SERVIÇO
– Dr. Fernando de Almeida Borges
– Médico do Trabalho
– Rua Getúlio Vargas, 337
– Contatos: (18) 3701-1504 / (18) 98104-3624


                       
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