‘Na campanha fiquei estarrecido com a Segunda Aliança por causa do esgoto a céu aberto’, ressalta o vereador eleito Chutudo
Iniciamos uma série especial de entrevistas com os vereadores eleitos de Mirandópolis para a gestão 2021 / 2024 para conhecer suas intenções durante seu mandato. O critério utilizado para escolha foi por quantidade de votos recebidos, sendo assim o sétimo entrevistado é Chutudo, que é filiado ao PP.
Pode contar um pouco da sua história. É casado e tem filhos? Sempre morou em Mirandópolis? Onde estudou e trabalhou?
Sou casado com Leniza Fernandes Zanata, tenho dois filhos médicos (Daniela e Mateus). Nasci em Mirandópolis, estudei no Dr. Edgar e Noêmia, só fiquei fora no tempo que fui estudar. Fiquei um ano fazendo cursinho em São Paulo, depois fiz faculdade em Campo Grande, onde morei por quatro anos. Depois de formado voltei para Mirandópolis, tive loja veterinária por 29 anos, a Casa do Criador. Além disso, trabalhei por mais de 20 anos em cargo de confiança na prefeitura, no departamento de Agricultura e Abastecimento.
Como define as funções do vereador?
A primeira função, e principal, é fiscalizar as contas e o dinheiro público que circula no executivo. O vereador precisa trabalhar unido com o prefeito, sempre junto, porque pensamos para o bem do município, e para isso precisamos caminhar juntos. Outra função é legislar, ou seja, aprovar as leis, assim como criar. Além disso, ser o elo de ligação entra a população e o prefeito, para isso que fomos eleitos.
Você acompanha as sessões?
Sim, sempre estive participando de sessão ou auditoria pública já que trabalhei por muitos anos na prefeitura, A câmara é algo familiar, haja vista também que em 1989 fui candidato a vereador, na eleição entre Ikejiri e Lourenção. Por incrível que pareça empatei em votos com o Haru Nakano, mas perdi por idade. Depois acabei assumindo como suplente por seis meses, fiquei no lugar do Riuyti Ijichi que ficou doente.
Qual foi o principal tema da sua campanha? Teve alguma proposta ideológica?
Como sempre atuei na agricultura e pecuária, dei ênfase aos problemas da área rural. Um ponto é a questão das estradas rurais. Além disso, precisamos ter uma visão melhor dos assentamentos, são seis e a Fazenda Retiro, que é um assentamento federal. Eles são carentes de várias coisas, precisamos trabalhar muito nessa questão. Não quer dizer que não vou pensar na cidade.
Você quer citar outro ponto específico em um bairro ou algum problema mais grave que merece uma atenção especial?
Boa pergunta! Andando na campanha fiquei estarrecido com a vilinha da Segunda Aliança, tem algumas melhorias com fresa, posto semi-artesiano, mas a parte de esgoto sanitária não tem. Praticamente você vê o esgoto correndo a céu aberto. Assim como precisamos olhar para o Amandaba, que foi bem lembrado pela vereadora Magali no próprio jornal. São dois bairros que fiquei impressionado por causa do esgoto. Tem como fazer, ficar exposto a doença não tem como.
Tem algum projeto que pretende colocar em prática em 2021?
Na zona rural, principalmente nos assentamentos, vimos uma carência de forma geral de máquinas agrícolas. Quando eles precisam de um trator acabam pagando cerca de R$ 150 a hora, muitos deles não tem esse dinheiro. Nesse sentido, junto ao governo estadual e federal, assim como deputados, tentar buscar uma emenda para aquisição desse maquinário para o assentamento. Mas não é para ficar na prefeitura, vai para o assentamento, desde que tenha uma associação formalizada no local.
Recebeu algum convite para ser diretor da Agricultura depois de eleito?
Oficialmente não recebi! O que houve, inclusive em Lavínia, é que surgiram rumores que eu iria assumir a diretoria da Agricultura, com isso um suplente entraria no meu lugar na câmara. Mas oficialmente não conversaram comigo, foi apenas conversa na cidade.
Se recebesse, aceitaria?
Não, de forma alguma. Fui eleito para ser vereador por quatro anos. Seria uma traição para o meu eleitorado, não vou deixar o cargo para ser diretor.
Tem pretensões de ser presidente da câmara?
Sim, se for contemplado na votação.
Qual mensagem deixa para os mirandopolenses?
Quero primeiro agradecer a Deus, assim como a população de uma forma geral. Porque fui recebido nas casas com as portas abertas, isso é gratificante para quem está na vida pública.