Maio vermelho: mês de conscientização sobre as hepatites virais
No Brasil, o mês de maio é voltado à campanha ‘Maio Vermelho’, criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da hepatite e de ampliar o conhecimento sobre essa doença de fácil contágio, que age através da degeneração do fígado.
As hepatites são classificadas por letras do alfabeto, que variam entre os tipos A, B, C, D e E. Muitas vezes esta é uma doença silenciosa, que tende a apresentar os primeiros sintomas apenas quando o paciente atinge os níveis mais elevados da infecção, o que influencia para que grande parte dos diagnósticos sejam feitos quando a doença já tenha evoluído para estágios irreversíveis.
Devido esta realidade, a campanha ‘Maio Vermelho’ reforça a necessidade de realizar exames de rotina e de ir ao médico regularmente, possibilitando a detecção precoce de vários tipos de hepatites.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os tipos de hepatites existentes afetam mais de 325 milhões de pessoas em todo o mundo e desse total, cerca de 400 mil vão a óbito por ano, devido a complicações da doença. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as doenças crônicas causadas pelos vírus B e C das hepatites, continuam a ser as principais causas de doenças hepáticas que levam à cirrose, estágio final das doenças hepáticas.
CONTÁGIO
Normalmente, as hepatites A e E são causadas pela ingestão de alimentos ou água contaminada, já as hepatites B, C e D, costumam ser transmitidas pelos fluídos corporais de pessoas infectadas, como através de transfusão de sangue, equipamentos médicos contaminados, ou até mesmo através de relações sexuais.
SINTOMAS
Ao ser contaminado o paciente pode apresentar sintomas diferentes de acordo com o tipo de hepatite. Os sintomas mais comuns são: fadiga, náusea, febre, perda de apetite, urina escura, amarelamento da pele e dos olhos, dor nos músculos ou nas articulações e desconforto abdominal.
No entanto, os sintomas em pacientes com hepatite C costumam ser mais raros, e quando aparecem são marcados por cansaço, tontura, enjoo, febre, dor abdominal e pele e olhos amarelados.
TRATAMENTO
Ainda de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o diagnóstico precoce da hepatite amplia as chances de eficácia do tratamento, por isso é importante ficar atento aos sintomas e realizar exames periódicos para a detecção da doença, principalmente coso a pessoa tenha sido exposta a alguma das formas de transmissão do vírus.
Por se tratar de vírus distintos o tratamento também varia. Confira abaixo as principais formas de tratamento.
No caso da hepatite A, a cura ocorre após a fase sintomática. Neste caso o paciente recebe um suporte a partir da manifestação dos sintomas, o qual que inclui hidratação e uso de medicamentos.
O tratamento da hepatite B é feito através do uso de antiviral específico. Neste caso a maioria dos pacientes não se recupera completamente e precisa continuar o tratamento com acompanhamento profissional e uso de medicamentos para o resto da vida.
No caso da hepatite C, o tratamento é feito via medicamentos com altos índices de eficácia disponibilizados pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
PREVENÇÃO
Ao se tratar da hepatite tipo A e B, são disponibilizados imunizantes gratuitos para a vacinação através do Sistema Único de Saúde. Já no caso da hepatite tipo C ainda não existem vacinas com a função de prevenir a infecção da doença, por isso é aconselhado que as pessoas tenham cuidado pessoal evitando o contato com sangue ou demais objetos contaminados, o que pode ajudar a prevenir também a transmissão dos demais tipos do vírus.