‘Somos de uma família tradicional, temos muita fé em Mirandópolis’, comenta Zé e Emilio Monzane

‘Somos de uma família tradicional, temos muita fé em Mirandópolis’, comenta Zé e Emilio Monzane

Conversamos com José Roberto Monzane, conhecido popularmente como Zé Periquito, que nasceu em 1957, e Emilio Monzane, que nasceu em 1968. Filhos de Hugo Monzane e Amália, eles cresceram ajudando o pai no açougue da família, depois os irmãos empreenderam com a choperia, o hotel e o pesqueiro. Confira abaixo a entrevista completa.

Nasceram e cresceram em Mirandópolis?

(Emilio) Somos filhos de Hugo Monzane e Amália Inocência Monzane, que tiveram cinco filhos, José Roberto, Maria Lúcia, Márcia Aparecida, Regina Monzane (in memoriam) e eu, Emilio. Cresci em Mirandópolis, estudei no Hélio Faria e depois fui pro Noêmia terminar o segundo grau. Nós começamos a trabalhar cedo, meu pai mexia com porco, trabalhava com o Sano, então passei muito tempo com eles na chácara e depois acabamos montando o açougue. Eu ia muito ao bar do Sr. Antônio Moura, o pai do Fábio, lá no Marabá. Também lembro muito do sorvete do pai do Coruja, o “Ki Legal”, na esquina do clube.

(Zé) Na infância gostava muito de futebol, jogava no campinho da Pauliceia, ali tinha uns três campos bons. Lembro também das pescarias onde hoje é o Sakashita, ali tinha horta também. Em frente onde hoje é a Mamãezinha era tudo café, até lá embaixo, tudo diferente do que é hoje.

Sempre jogaram futebol?

(Zé) Na adolescência joguei futebol três anos no Paulista, de Jundiai, fui jogar quando tinha 17 anos. Mas eu aprontava muito, concentrava na sexta e sábado, tudo fechado, e domingo depois do jogo que eu podia ir nas brincadeiras, daí não deu certo (risos).

(Emílio) Eu também sempre gostei de jogar bola, fiz testes no São Paulo, mas não passei. Isso foi em 1985, fiquei alguns dias, daí não deu certo e voltei para Mirandópolis. Depois joguei na cidade em alguns times, fiquei um tempo no time do CAM, fui campeão municipal de salão, campeão municipal de campo, sempre envolvido com esportes.

O empreendedorismo vem do pai?

(Zé) O primeiro açougue do meu pai foi onde é o CAM, depois foi no bairro Pauliceia e em seguida na rua Rafael Pereira. Ali lembro que compramos do Mirão Preto. Nós também já tivemos açougue em frente ao palanque. Na rua tinha a Reunidas, o Bar do Ponto e do lado o açougue.

(Emílio) Nós fechamos o açougue em 1994, mas tenho excelentes lembranças dessa época porque trabalhei muito tempo ajudando a desossar e tudo mais. Posso dizer que meu primeiro emprego foi no açougue, onde eu fiquei por muitos anos.

Vocês continuaram empreendendo?

(Emílio) Nós decidimos investir na choperia em 2002, já o pesqueiro uns seis anos, começamos em 2015. Nós somos daqui de Mirandópolis, então temos que velejar aqui, ter fé, acreditar e investir aqui porque em outro lugar também não vai ser fácil. Aqui todos os irmãos são sócios, não tem diferença nenhuma, todos estão envolvidos. No pesqueiro temos almoço e janta, mas é mais no final de semana, nas quartas nós fazemos a peixada.

A pandemia complicou os negócios?

(Zé) Ficamos muito tempo parados e passamos um apuro danado, no hotel a renda praticamente zerou, daí parou o restaurante e o pesqueiro. Foi uma barra, mas agora já melhorou, graças a Deus. Ainda não está bombando, mas em vista do que era nós não podemos reclamar.

Da onde vem o apelido Piriquitu?

(Emílio) O apelido Piriquitu veio de quando a gente era pequeno, nós íamos muito na casa do meu tio Mauro Monzane, principalmente o Zé que era o irmão mais velho. Quando a gente chegava na casa do meu tio íamos almoçar e o meu irmão derrubava comida fora do prato. Daí o meu tio brincava falando que ele parecia periquito. Nos domingos eu ia com meu irmão e quando ia comer também derrubava comida do prato, então quando a gente chegava o meu tio falava “olha, os periquitos estão chegando”. O nome periquito pegou, não tem jeito! O nosso nome mesmo muita gente não sabe, ficou como “periquito”,

Qual mensagem deixa para a população?

(Zé) A mensagem que deixo é que Mirandópolis é uma terra de gente boa e acolhedora, nós estamos aqui há muito tempo e gostamos muito daqui. Nossos amigos e clientes são muito generosos e sempre confiaram no nosso trabalho. Perfeitos nós não somos, mas é isso, temos muita fé em Mirandópolis e acredito e espero que dias melhores virão.


                       
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