‘Sempre segui o conselho do meu pai de ser honesto para receber o respeito de todo mundo’, explica José Hilário Cazeto

‘Sempre segui o conselho do meu pai de ser honesto para receber o respeito de todo mundo’, explica José Hilário Cazeto

Conversamos com José Hilário Cazeto Júnior, nascido em Mirandópolis, no ano de 1949. Começou a trabalhar aos 14 anos na oficina onde seu pai era sócio, local que se tornou depois uma agência da Volkswagen. Casou em 1974 com Edva Aparecida Pereira Cazeto e tem dois filhos, o Marcelo Henrique e a Viviane Cristina. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Cresci em Mirandópolis com 9 irmãos, o meu pai veio para cá em 1947, ele se casou em 1948 e eu nasci em 1949, sou o filho mais velho. Minha infância foi normal e tranquila, fiz o curso primário na escola Edgar e o secundário no Noêmia Dias Perotti. Não tenho curso superior, comecei a trabalhar quando o meu pai era um dos sócios da oficina. Na época ainda não era agência, então aos 14 anos de idade meu pai me colocou para trabalhar meio período no escritório dessa firma, onde era como se fosse um office boy para ir ao correio ou fazer alguma coisa que precisasse. Depois comecei a trabalhar na área de cobranças.

Qual foi sua trajetória?

Meu pai me levou em Andradina em 1967 para tirar uma carteira profissional de menor, foi quando fui registrado na agência Volkswagen de Mirandópolis, porque nessa firma do Antônio Cazeto foi constituída a agência Volkswagen, que era o meu pai, o Afonso Zuin e o Eder Botura. Alguns anos depois o Eder vendeu a parte dele e foi quando mudou a denominação da firma para Distribuidora de Automóveis Mirandópolis LTDA. Então fui registrado em 1967 e me aposentei, ainda novo, em 1998. Mas meu pai sempre deixou bem claro que eu ia começar a trabalhar registrado em uma firma onde ele era um dos sócios, mas eu era empregado e não filho de dono. Então coloquei aquilo na cabeça e fui crescendo, comecei a trabalhar na parte de limpeza, depois fui para a parte de escritório, em seguida trabalhei na seção de peças, depois passei a trabalhar na área onde hoje é chamado de consultor técnico, mas naquela época era recepcionista. Depois, já nos anos 70, que comecei a trabalhar na área de vendas, onde fui aprendendo as coisas com o pessoal que era da própria área. Na minha vida só trabalhei nessa firma, iniciei lá e me aposentei. Mas um detalhe, fiquei lá até o ano de 2005.

Quais as lembranças de Mirandópolis?

Na minha juventude tinha o jardim que era bem movimentado, a gente frequentava bastante o Clube e também o campo de futebol, porque onde eu morava, ali perto da caixa d’água, na rua Ana Luiza da Conceição, tinha um campo de futebol que chamava Vila Belmiro. Tinha o time do Sesi que cheguei a jogar. Ali em volta do campo tinha o Café do Madureira e o Café do Vasco. Tinha um retiro de leite que era do Oscar Sampaio, que era ligado a esse café. Além disso, na vida social fui sócio do Lions Clube e na época da nossa juventude a gente tinha a união de um grupo onde formamos um grupo de 15 pessoas, que eram os rapazes e as namoradas, então formamos o Clube dos 15 de Mirandópolis, que inclusive já tinha até um estatuto. Nós fazíamos reuniões e fizemos também um bloco de carnaval muito legal.

Hoje está aposentado?

Até 2005 ainda fiquei na firma, mas mesmo quando me desliguei não parei de trabalhar. Quando os amigos querem comprar um carro novo, seminovo ou usado, até hoje tem gente que me procura para ajudar. A gente faz o que pode, por exemplo, eu tenho muito conhecimento do pessoal das agências da região, fui formando esse vínculo com eles e consigo até hoje vender um carro, para não ficar sem fazer nada.

Pensou em sair de Mirandópolis?

Tive oportunidade de trabalhar na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo. Na época em que eu trabalhava na área de vendas a gente tinha que pagar os carros que fossem faturados direto na fábrica. Acabou surgindo uma vaga na fábrica da Volks. Na época que ainda era solteiro e quase enfrentei a situação para ir trabalhar lá, mas acabei ficando por aqui, porque como o meu pai era um dos sócios da firma eu achei melhor ficar por aqui mesmo. Mas nunca tive vontade de sair daqui porque eu gosto muito da cidade, a gente vê que Mirandópolis tem um povo acolhedor.

Quer deixar alguma mensagem?

O meu finado pai sempre disse “você sempre se coloque como uma pessoa honesta para que você receba o respeito de todo mundo”. Acho que uma herança muito grande que a gente leva da vida é a honestidade, então posso garantir que sempre fui honesto, não faltei com o juízo para ninguém e tenho respeito com todos que a gente tem amizade e isso é muito bom.


                       
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