Reflexões quaresmais (1)

Reflexões quaresmais (1)

Foto: Vale 24h

É impressionante o relato sobre o inferno de São João Bosco, mais conhecido como Dom Bosco. Outros santos tiveram experiências similares, cujo conteúdo, por ser fruto de uma revelação particular, não consiste em matéria de fé obrigatória – o que significa que o cristão não está obrigado a acreditar nele. Mesmo assim, a Igreja recomenda a leitura tanto da vida quanto das experiências místicas dos santos, que são canais abalizados e confiáveis para se chegar a Deus

Para quem quiser conhecer esse relato basta pesquisar na internet o tema “a visão do inferno de Dom Bosco”. Como a preocupação primeira do “santo dos jovens” era levar o máximo de pessoas para o Céu – ele tinha o lema “Dai-me almas e pegai todo o resto”  (em latim, “De mihi animas, coetera tolle”) –, ele ficou aterrorizado nessa experiência, parecida com um sonho, pois conduzido até as margens do inferno, viu sendo condenados alguns dos jovens que ele orientava – era na verdade uma amostra do que lhes aconteceria caso morressem naquele momento.

Quem ler a narração de Dom Bosco poderá experimentar um pouco do horror que ele viveu – ele diz inclusive ter acordado com queimaduras na palma da mão que tocou brevemente a parede que cercava o inferno. Há também um livro chamado “Os sonhos de São João Bosco”, além de outros livros e textos dele próprio e de outros autores, sobre suas experiências e sua vida extremamente interessante e repleta de situações curiosas e prodigiosas.

Mesmo não sendo matéria obrigatória de fé, as revelações particulares estão em consonância com ensinamento da Igreja e geralmente são muito úteis para o progresso espiritual. Inclusive pelo próprio Jesus, o inferno é mencionado na Sagrada Escritura, e ainda que alguém levante a hipótese de que tudo o que os santos relatam tenha um sentido simbólico, ou algo do tipo, o mero exercício imaginativo de estarmos para sempre distantes da bondade, da beleza e da felicidade trazidas por Deus já basta para causar calafrios e fazer acender uma luz amarela na consciência: “para onde estou caminhando?”; “qual será o desfecho da minha vida?”; “será que estou merecendo a salvação ou a condenação eterna?”; “se eu chegar ao Céu, vou encontrar as pessoas que amo?”. 

Iniciando em breve o período quaresmal, além do zelo pelo próprio destino eterno, que todos nós busquemos ter, ao menos um pouco, a chama que ardia no coração de Dom Bosco: amor pelas almas e fervor na evangelização!

Aproveitemos: é tempo de conversão!


                       
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