‘Sempre priorizei os estudos, por isso acredito que meu conhecimento pode ajudar Mirandópolis’, analisa Everton Verga

‘Sempre priorizei os estudos, por isso acredito que meu conhecimento pode ajudar Mirandópolis’, analisa Everton Verga

Foto: Eduardo Mustafa

Conversamos com Everton Verga, mirandopolense que nasceu em 1984. Filho de um pai carpinteiro e uma mãe doméstica, Everton sempre priorizou os estudos como forma de ampliar seu conhecimento. Casado com Katia Maffei, com quem tem um filho (Caetano), ele trabalhou por quase 17 anos como agente penitenciário, largando a função anos atrás para se tornar professor em Adamantina. Hoje sua ideia é participar da política local, para que caso eleito, usar seu conhecimento na área de administração e empreendedorismo em prol do município. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Sou mirandopolense e cresci no bairro São Lourenço de Fátima. Meu pai trabalhava como carpinteiro e a minha mãe emprega domestica. E tenho uma irmã. Eu estudei a minha vida toda em escola pública, em Mirandópolis foi no Noêmia, depois fiz faculdade e outras graduações em faculdades públicas. Apesar dos meus pais não terem acesso ao estudo, eles me incentivaram a estudar e trabalhar, seguir o caminho da vida com dignidade.

Começou a trabalhar cedo?

Comecei a trabalhar registrado com 15 anos no Escritório São Paulo, graças a Deus. Depois trabalhei na Oasis Confecções, Ciapec e HR Soluções. Nesse período prestei concurso para trabalhar na penitenciária e passei, como foi uma classificação favorável fui chamado para trabalhar em Lavínia, mas acabei ficando um tempo em Mirandópolis porque em Lavínia ainda estava construindo.

Sempre priorizou os estudos?

Sim, eu sempre dei muito valor! Quando terminei o ensino médio, queria fazer faculdade, mas não tinha condições financeiras de fazer uma graduação particular. Então prestei Direito na UFMS e não passei, fiquei encabulado porque queria fazer uma graduação. Juntei dinheiro e paguei seis meses de cursinho preparatório para o vestibular em Andradina. Com isso consegui passar na UFMS, em Três Lagoas, mas no curso de Administração. Interessante contar que na minha graduação fiz um estudo de gestão de pequenas empresas e fiz um estudo de caso de uma empresa de Mirandópolis, que não convém citar o nome. Fiz um roteiro de planejamento e a conclusão foi que se a empresa não mudasse, tinha grande tendência de fechar as portas em cerca de 10 anos. Precisava mudar a politica de controle interno, até apresentei a conclusão do projeto para eles, mas o problema é que o empresário tinha resistência a mudança, pois infelizmente fechou as portas depois de alguns anos. Depois da graduação fiz Mestrado, em Maringá, e Doutorado em Brasília. 

Everton com seus diplomas de graduação, mestrado e doutorado. Foto: Eduardo Mustafa

Como analisa o comércio de Mirandópolis?

O comércio de Mirandópolis é focado em trabalhar, não em gerir. Vejo vários exemplos de empresários que trabalham demais e não tem o retorno adequado, precisamos de mais eficiência de gestão.

De agente penitenciário se tornou professor?

Sim, como agente penitenciário trabalhei quase 17 anos, depois iniciei como professor em Adamantina, na FAI – Centro Universitário de Adamantina, mas continuo morando em Mirandópolis por conta da minha esposa, a Katia Maffei, e o meu filho de um ano, o Caetano.

Já teve convite para participar da política?

Na última eleição eu apoiei um candidato que até foi eleito. Ele se comprometeu comigo e eu fiz um plano de desenvolvimento político e cultural de Mirandópolis, mas depois de eleito a promessa não foi cumprida. Isso é frustrante, mas infelizmente é algo que acontece dentro da política e desanimei. Mas esse ano fui novamente convidado para participar da política local, para ser candidato a vereador pelo PT e estou mais animado com a proposta apresentada pelas lideranças do partido. Penso em participar da política porque procuro me espelhar em pessoas que fizeram a diferença por Mirandópolis, como Geraldo Delai, Regina Mustafa, Alcides Faleiros, Walter Sperandio, entre outras personalidades que mudaram para melhor a nossa cidade.


                       
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