Campanha Janeiro Branco destaca a importância dos cuidados com a saúde mental; veja as ações em Mirandópolis

Campanha Janeiro Branco destaca a importância dos cuidados com a saúde mental; veja as ações em Mirandópolis

Idealizada em 2014, pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão, a campanha Janeiro Branco chega neste ano à sua 9ª edição, movida pelo objetivo de evidenciar temas sobre a “Saúde Mental” na sociedade, promovendo a conscientização e chamando a atenção das autoridades e das instituições sociais para tudo o que diz respeito aos universos mentais, comportamentais e subjetivos dos seres humanos.

De acordo com o site oficial da campanha, em 2022, o Janeiro Branco busca alertar toda a humanidade em tempos de pandemia prolongada, crises sanitárias, sociais, políticas, ecológicas e econômicas em escala global, de que “o mundo pede Saúde Mental”.

AÇÕES EM MIRANDÓPOLIS

No município, a semente da conscientização foi plantada durante a última quinzena do mês de janeiro, por meio de diversos bate-papos desenvolvidos por toda a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), com usuários e funcionários das Unidades Básicas de Saúde (UBS), escolas, do paço municipal, e dos departamentos públicos do município.

A psicóloga Valquíria Moreno da Cunha dos Santos, que atua no Núcleo de Especialidades da Saúde (NES) e no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município, explica que, “a campanha recebe o nome de Janeiro Branco, porque no início de cada ano nós estabelecemos novas metas e buscamos por mudanças. Já a cor branca é porque assim como em uma folha branca nós podemos descrever uma nova história”, conta Valquíria.

Segundo a psicóloga, vários fatores influenciam na saúde mental, entre eles pode-se destacar os problemas diários, estresse do dia a dia, sofrimentos, preocupações, atualmente a pandemia e isolamento social, o medo, questões de trabalho, saúde, economia, saneamento, entre outras questões.

MAIS SAÚDE MENTAL

Neste ano, a campanha nacional lista através do site “www.janeirobranco.com.br”, 12 atitudes para se conquistar um mundo com mais saúde mental, que consistem em: políticas públicas para a saúde mental; prática de exercícios físicos; prática de hobbies terapêuticos; condições sociais dignas de existência; qualidade de vida; contato com a natureza; autonomia mental; sentidos próprios de vida; vínculos sociais profundos; autoconhecimento; abertura a novos conhecimentos; e espiritualidade saudável.

Valquíria ainda informa que, de forma geral é possível dizer que tudo o que provoca incômodo ou desconforto pode influenciar na saúde mental do indivíduo. “Quando falamos de transtorno mental, falamos de pessoas que em um momento ou vários momentos da vida passaram por algum incômodo que as fizeram adoecer. É importante falarmos da saúde mental para quebrarmos o preconceito que sabemos que ainda existe, não falamos de saúde mental igual falamos de saúde física, com naturalidade. Deveríamos procurar por um psicólogo, terapeuta e psiquiatra assim como vamos a um clínico, oftalmologista, dentista, ginecologista” alerta a profissional.

Ainda de acordo com a psicóloga, pesquisas apontam que mais de 1 bilhão da população mundial tem algum transtorno mental, dentre estas, 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão e 264 milhões sofrem de ansiedade, no entanto com a pandemia estima-se que é possível haver ainda um aumento significativo neste índice.

“Para ter saúde mental nós precisamos de autoconhecimento, precisamos tentar entender como pensamos, porque temos aquele determinado sentimento em determinada situação e por que e como nós nos comportamos. Na nossa rotina precisamos colocar o pé no freio, precisamos de momentos de lazer, recreação, distração, momentos bons com familiares, amigos, passeios, enfim introduzir na nossa rotina coisas prazerosas e boas para nós”, orienta Valquíria.

AJUDA PROFISSIONAL

Aos munícipes que buscam ou necessitam de ajuda profissional voltada à saúde mental, o Núcleo de Especialidades da Saúde (NES) conta com profissionais para atender esta demanda, porém, para ter acesso ao serviço é necessário passar por uma Unidade Básica de Saúde de sua referência para obter um encaminhamento. Já aos pacientes que sofrem de transtornos mentais graves, persistentes e recorrentes, o município de Mirandópolis oferece acompanhamento profissional especializado através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que de acordo com a psicóloga atuante, Valquíria Moreno da Cunha dos Santos, “está de porta aberta para acolher e ouvir as pessoas e assim realizar os devidos encaminhamentos para as áreas necessárias”.


                       
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