‘A minha paixão é ensinar matemática para as crianças’, conta Marlene Orsi, que ainda atua dando reforço escolar

‘A minha paixão é ensinar matemática para as crianças’, conta Marlene Orsi, que ainda atua dando reforço escolar

Conversamos com Marlene Orsi Rossi, que nasceu no dia 6 de agosto de 1949, em Promissão. Aqui em Mirandópolis chegou quando tinha 16 anos, município onde casou, teve três filhos e atuou por várias décadas como professora. Aos 72 anos, Marlene ainda trabalha dando reforço escolar para crianças e adolescentes porque a educação, principalmente a matemática, é a sua verdadeira paixão. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Nasci em Promissão, em 1949, depois moramos em Guaraçaí até quando eu tinha uns seis anos. Depois ainda nos mudamos para Guararapes antes de vir para Mirandópolis. Quando chegamos aqui eu tinha 16 anos. Meu pai sempre mexeu com máquina, o negócio dele sempre foi mexer com as máquinas de arroz, desde que me conheço por gente (risos). Tenho dois irmãos (Nilton e Atílio), sou a do meio.

Casou cedo?

Eu casei (Zé Rossi) com 18 anos, com 21 anos comecei a estudar outra vez. Quando comecei a dar aula eu já tinha o meu terceiro filho, com 25 anos eu já tive meu terceiro filho, casei e tive os filhos na sequência podemos dizer. Daí foquei no trabalho, dei muita aula, foram bons tempos. Eu sempre falava que ia ser professora de matemática ou ia ser médica, como médica não deu, fui ser professora (risos). Mas eu sempre falei, desde a primeira série, que ia ser professora de matemática.

Onde lecionou?

O primeiro lugar onde dei aula foi no Cene (Escola Noêmia Dias Perotti). O professor Orlando Bordoni que era o diretor, lembro como se fosse hoje dessa época. Eu estava no último ano de faculdade, largaram uma classe lá, senão me engano de oitavo ano, aí o Senhor Orlando me deu porque não tinha professor. Comecei ali, terminei a faculdade, depois dei aula no Ebe Aurora e em Lavínia. Sempre gostei de dar aula.

Quando iniciou com o Kumon?

Em Mirandópolis o Kumon começou em 1992, mas era com a Ana Cristina, que sofreu um acidente em 1996, foi quando comecei no lugar dela. Daí fui parar em 2005 quando eu fui fazer uma cirurgia do estomago. Na época eu tinha duas auxiliares, uma eu lembro que a mãe teve um derrame e ela precisou sair. A outra ficou grávida e ia casar. Aí eu acabei parando. Fiz minha cirurgia, fiquei uns quatro, cinco anos podemos dizer á toa, curtindo as férias mesmo. Mas aí começaram a pedir: pode ensinar meu filho? Aí eu recomecei com as crianças e estou até hoje com as aulas particulares de reforço escolar.

Sempre gostou de ensinar crianças?

Eu gosto de estar com as crianças, parece mentira, mas como tenho ficado muito dentro de casa, com as crianças eu me distraio. Posso dizer que são amigos, pois são sinceros e divertidos. Eu realmente gosto, não é da boca pra fora, pelo contrário, dou reforço escolar até hoje por ter essa paixão pela matemática e por crianças.

E a parte social?

Eu e meu marido fomos do Lions, fomos bem ativos durante muitos anos porque é uma associação que faz um lindo trabalho. Além disso, o Zé está há mais de 40 anos na maçonaria.

Quais as lembranças mais antigas de Mirandópolis?

Preciso lembrar dos carnavais, do bloco “Bebum” (risos). A turma vinha se trocar aqui em casa, era uma festa muito grande onde a diversão reinava. Mirandópolis tinha um carnaval que era referência de festa na região, infelizmente com o tempo foi acabando. Além disso, lembro do cinema e da praça que sempre estava cheia.


                       
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