‘O primeiro amor que temos que ter é de representar bem o nome da nossa cidade’, explica Luiz Pedroso

‘O primeiro amor que temos que ter é de representar bem o nome da nossa cidade’, explica Luiz Pedroso

Conversamos com Luiz Aparecido Pedroso, que nasceu no dia 14 de junho de 1960, em Pereira Barreto. O futebol sempre esteve presente em sua vida, inicialmente jogando em times locais, depois treinando a equipe de futsal do CAM. Com dois filhos, Luizinho ainda está na ativa treinando criança de seis a 14 anos. Confira na sequência a entrevista completa.

Como foi sua infância?

Morava na fazenda do meu avô, no KM 14. Era eu e mais dois irmãos, a Cássia e o Milton. E na mesma fazenda moravam meu tio Miro Rosa, o Marcão, que era o filho, o Cesar a Tânia. Depois meu tio adquiriu uma propriedade no KM 25, aí nós mudamos para lá. Eu devia ter uns 8 anos, foi quando meu pai ficou tomando conta dessa e meu tio da outra. Nessa época eu estudava na Primeira Aliança, fiquei por lá até os 14 anos, mais ou menos, depois vim para Mirandópolis morar com o meu avô. Estudei no Cene e na Escola do Comércio.

Sempre gostou de esporte?

Quando morava na fazendo jogava no time da Segunda Aliança. Depois que vim pra cidade fui para o Vasco da Gama. Era muito bom o time, tinha o César Carrara, Chutudo, um monte de gente. Lembro que depois joguei no MEC (Mirandópolis Esporte Clube), por volta de 1983.

Nunca saiu de Mirandópolis?

Fui para Piracicaba estudar educação física, na UNIMEP. O detalhe é que vim passar umas férias aqui, dai encontrei com o Fumagali e ele disse que o futsal de Mirandópolis nunca tinha participado dos Jogos Regionais, e que eu deveria fazer algo para jogar em Dracena. Isso foi em 1986, faltava apenas uma semana, foi quando decidi montar um time. Chamei o Ricardo Crevelaro, Marcio Assuiti, Vanuza, entre outros. Aí foi uma surpresa geral porque jogamos muito, chegamos na final, sendo que eliminamos o Corintians de Araçatuba que, naquela época, era um timaço. Na final pegamos Adamantina, mas acabamos perdendo de virada.

Esse time foi a base do CAM?

Isso, com o resultado nos jogos regionais o prefeito da época animou e colocou o time para disputar a federação paulista, essa história que surgiu do nada durou 15 anos.  Começamos na Série Bronze, mas o detalhe é que tinha muita gente que estava afim, que queria jogar. A gente não se preocupava com dinheiro, naquela ela época a gente queria jogar futsal. O time começou a ganhar e ganhar até chegar a ser vice-campeão da Série Ouro. 

Como é trabalhar com criança?

Aqui (escolinha) é a minha vida. Eu saio daqui outra pessoa. Criança é uma coisa surpreendente, você vê o desenvolvimento, o que pode passar para uma criança, a educação, mostrar que não é só bola, a vida é outra coisa. Eu, por exemplo, tenho o prazer de ter exemplos que nem o Xuxa, que é jogador, mas é um excelente pai de família. Nós trabalhamos com criança dos seis aos 14 anos. Estamos aqui todos os dias, graças a Deus estamos sempre com o campo cheio de crianças em atividade.

Quer deixar uma mensagem?

Quero agradecer muito a Deus, que está me mantendo vivo.  Estou vivendo uma fase difícil, em que a gente aprende muito. Estou fazendo um tratamento e está dando tudo certo. Uma coisa que sempre falo para os garotos, o primeiro amor que temos que ter é com a camisa da nossa cidade, depois você vai pensar em outra coisa. Eu visto mais roupa com o nome de Mirandópolis, do que roupa que podemos considerar normal (risos). Eu tenho um amor muito grande pela cidade, tenho que agradecer a essas pessoas que tiveram envolvida direta ou indiretamente. Agradecer a todos os jogadores e a minha família que teve suportar essa minha trajetória no esporte.

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