Enfermeiros fazem paralisação em alguns estados por piso; Mirandópolis tem apenas mobilização
Enfermeiros fizeram na quarta-feira (21) paralisação em diversos Estados do país para reivindicar a aplicação do piso salarial nacional, que virou lei em agosto, mas está suspenso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Em Mirandópolis, alguns enfermeiros aderiram apenas ao ato de mobilização, de forma intercalada entre os funcionários, justamente para não atrapalhar o atendimento.
O Fórum Nacional da Enfermagem, que congrega diversas entidades da categoria, como o Conselho Federal de Enfermagem, a FNE e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), propôs paralisação nacional de 24 horas, mas parte dos sindicatos estaduais aprovou apenas mobilizações.
ENTENDA O CASO
O piso nacional da enfermagem foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, após aprovação do Congresso, em agosto, mas teve sua aplicação suspensa no início deste mês por decisão do STF, que considerou necessária uma discussão mais ampla sobre seu financiamento a partir de argumentos segundo os quais muitos hospitais e casas filantrópicas não teriam condições de bancar os valores.
A norma criou um piso de 4.750 reais para os enfermeiros; 70% desse valor aos técnicos de enfermagem; e 50% aos auxiliares de enfermagem e parteiras. Pelo texto, o piso nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três esferas – União, Estados e Municípios -, inclusive autarquias e fundações.
EM ANDRADINA
Em Andradina, o prefeito Mário Celso Lopes (PSDB), decidiu mantê-lo. Ao jornal Folha da Região, Mário Celso afirmou, “os auxiliares de enfermagem e enfermeiros que foram beneficiados com o piso salarial recentemente aprovado em Brasília podem ficar tranquilos. Aqui em Andradina vamos manter o pagamento do piso independentemente da decisão do supremo”.