‘A maioria das pessoas não imagina como é gratificante empreender, mas é valioso vencer trabalhando’, diz Eduardo Anhani
Conversamos com Carlos Eduardo Anhani, que nasceu no dia 31 de agosto de 1981, em Mirandópolis. Casado com Angélica, com quem tem dois filhos, Anhani começou a trabalhar com 11 anos, sendo que com 17 anos abriu seu primeiro negócio. Com três farmácias e investindo em imóvel comercial, o empreendedor contou detalhes da sua trajetória de vida.
Como foi sua infância?
A minha mãe era empregada da família Marcos, morava no fundo da casa deles. Meu avô até tinha um sítio, né, só que precisávamos morar na cidade. Moramos lá até quando eu tinha uns doze anos, mas foi uma infância tranquila, não passei necessidades, mas longe de ter regalias. Em relação aos estudos sempre estudei em escola pública, primeiro no Edgar e depois no Noêmia para fazer o colegial.
Quando decidiu estudar Farmácia?
Eu queria fazer medicina, mas não deu certo por diversos fatores. Mas posso dizer que tudo inicia porque comecei a trabalhar em uma farmácia com 11 anos, era meio período. Fazia cobrança, lavava banheiro e as entregas. Era na farmácia do Mustafa, chamada DrogaCenter se não falha a memória. Fiquei trabalhando lá até os meus 16 anos, foi quando meu pai conseguiu dar uma estabilizada financeira e falou que era para eu priorizar os estudos. Mas não fiquei dois meses estudando, não dei conta de ficar só estudando, foi quando decidi montar a minha farmácia.
Como foi esse início?
Eu tinha de 17 para 18 anos. Tive que emancipar, lembro até hoje. A gente tinha um pouco de dinheiro, e daí fiz uma sociedade com o Bruno Lisboa, que hoje é dono da farmácia de manipulação Florata. Começamos aqui do lado da Aluxe, não era nem ponto comercial quando montamos, porque não tinha nada naquele ponto. No mesmo ano que abri a farmácia já comecei a fazer faculdade. Fui conciliando, fiz a faculdade em Adamantina. A sociedade ficou uns três anos, depois comecei a tocar com a ajuda da minha família.
Expandiu os negócios?
Montei uma segunda farmácia em Valparaíso, em 2005. Lá era 24h, então eu ficava das 7h até 22h aqui, depois das 23h às 7h lá. Foram muitos anos nessa batida. sete dias por semana, sem parar. Depois montei uma segunda farmácia em Valparaíso, graças a Deus os negócios progrediram e estamos com as três unidades.
Quais os desafios de empreender?
A maioria das pessoas não imagina como é difícil empreender. Na verdade, eu não vivi a vida por cerca de 15 anos, pois a farmácia é uma coisa que te suga muito. Hoje quem vê os frutos que estamos colhendo, não sabe o tanto que passamos de dificuldade. Porque não colhe do dia para a noite, são 21 anos de loja, nos últimos anos que começamos a realmente estabilizar. Paguei aluguel por muitos anos, faz seis anos que mudei para essa loja que estamos hoje em Mirandópolis e deixei de ser inquilino.
Tem outros investimentos?
Devido não querer mais ficar só no ramo da farmácia, porque é muito cansativo, eu estou diversificando os negócios para locação de imóveis comercial. Em Valparaíso acabei de entregar o prédio da Lojas Americanas, inclusive projeto é da construtora daqui, o Jean. Agora estou fazendo das Casas Bahia. Foquei em imóvel comercial, pois dá menos trabalho (risos).
Qual a importância da família?
Total, me casei em 2010, com a Angélica e temos dois filhos, Maria Eduarda e Eduardo. Eles são fundamentais para que os negócios darem certos, sem dúvida. E sem falar nos meus pais, pois meu pai era funcionário público e a minha mãe doméstica, me deram educação e direcionamento para saber o que é certo e errado. O meu pai e o meu irmão me ajudam desde o início praticamente.
Qual conselho deixa para os jovens?
Não adianta fazer cinco anos de faculdade, para depois começar a correr atrás. Eu trabalhava de graça, com o maior prazer da minha vida com 11 anos de idade, porque queria ser alguém. O que eu falo para os jovens é ir atrás de um estágio, mesmo se for para ganhar o mínimo, pois será fundamental para o desenvolvimento prático e mostra a realidade da vida.