Diretor do Hospital vai à Justiça e pede que vereadora Magali apresente provas das acusações contra a unidade
Foto: Vinícius Macedo
O diretor técnico do Hospital Estadual de Mirandópolis (HEM), Ciro Renato El-Kadre, acionou a Justiça com um pedido de interpelação judicial da vereadora Magali Maziero Rodrigues (PSL) para que ela explique e comprove, em juízo, por que levantou suspeita sobre a sua atuação à frente da unidade. Segundo Ciro, as declarações vêm causando danos à sua imagem e honra.
Em uma publicação veiculada em rede social no dia 15 de maio, a vereadora afirmou existir dentro da unidade “grupo organizado e beneficiado” que atua em desvio de função e que seu principal objetivo é “perseguir e fingir que trabalha para manter seus cargos desocupados”.
Em entrevista ao jornal em maio, Magali confirmou haver um complô de funcionários no Hospital e que o maior problema da unidade é a falta de gestão do diretor. Em seu pedido feito à Justiça, Ciro Renato anexa a publicação da vereadora em rede social e a entrevista concedida ao jornal.
Ao AGORA NA REGIÃO, Magali afirmou que recebeu denúncias anônimas sobre esse suposto grupo que estaria se beneficiando, mas não indicou nomes e nem quais seriam esses benefícios. Disse, porém, que não se trata de um ato criminoso.
Ainda segundo o pedido de interpelação judicial que o jornal teve acesso, Ciro solicita esclarecimentos e provas sobre as afirmações de Magali de que a unidade não precisa de médicos e técnicos de enfermagem, quais os documentos que comprovam a existência desse grupo organizado e beneficiado e qual o contexto de sua afirmação de que o principal objetivo desse grupo seria de perseguir funcionários.
O diretor também quer que a vereadora explique a frase em que afirmou que “não são todos” que fazem parte dessa “panela” e que dizem “amém” para tudo que o diretor determinar, mas que existe “muita gente honesta ali”.
Segundo o advogado do diretor, ao se expressar que tem “muita gente honesta” na unidade a vereadora está desejando afirmar ou sugerir que há prática de ilícito na gestão do hospital e que, portanto, deve provar essa afirmação.
Procurada para comentar a interpelação judicial, Magali disse não ter sido intimada até o fechamento desta matéria. A interpelação foi acionada em 27 de julho.