Câmara recebe denúncia de suposto esquema de fraude documental no CAPS; vereadores preparam requerimento

Câmara recebe denúncia de suposto esquema de fraude documental no CAPS; vereadores preparam requerimento

Foto: Arquivo AGORA

A Câmara Municipal de Mirandópolis deverá protocolar nos próximos dias requerimento assinado pela maioria dos vereadores pedindo explicações ao prefeito Ademiro Olegário dos Santos, o Mirão (PSD), de uma denúncia recebida pela Casa de Leis sobre uma suposta fraude de adulteração de documentos públicos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

De acordo com a denúncia anônima, enviada no e-mail oficial da Câmara, documentos com nomes de funcionários da pasta foram fraudados com intuito de se passarem como pacientes com transtornos psiquiátricos “de forma para receber e não perder verbas”, sem conhecimento dos mesmos.  

Ainda de acordo com a denúncia, uma médica responsável teria cópias desses documentos e seu nome também foi usado como paciente com “problemas psiquiátricos severos”. 

Segundo o Código Penal, a falsidade material de documento público é crime e prevê prisão de dois a seis anos e multa. 

Denúncia anônima enviada no e-mail oficial da Câmara

Ainda de acordo com a denúncia, “todos os funcionários do CAPS foram usados sem o conhecimento dos mesmos, tanto o prefeito quanto o diretor de Saúde são responsáveis pela fraude e fizeram de forma consciente”, diz a nota que o jornal teve acesso. 

A denúncia prossegue afirmando que o diretor da Saúde, Vinicius Cunha, estaria contratando familiares para cargos dentro do CAPS, citando uma farmacêutica. Além disso, conforme a denúncia, Cunha estaria deixando seu posto durante o expediente para lecionar cursos particulares em faculdades que teriam convênio com a prefeitura. 

“Inclusive foi flagrado várias vezes, e o mesmo nem [se] importa quando indagado sobre a ilegalidade de deixar seu posto para exercer trabalhos particulares”, afirma o documento. 

O jornal procurou a Administração Municipal, por meio do gabinete do prefeito e do departamento de Gestão, e até o fim do fechamento desta edição não obteve retorno. Já o diretor da Saúde, Vinicius Cunha, respondeu: “Até o momento não fui oficialmente notificado sobre essas denúncias, e que, de fato for oficiado sobre o assunto, estarei me posicionando”.

O espaço segue aberto para manifestação. 


                       
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